Juíza determina bloqueio para Palmeiras e Scarpa
Redação
Publicado em 7 de agosto de 2018 às 01:18 | Atualizado há 7 anos
O imbróglio jurídico entre Gustavo Scarpa e o Palmeiras teve novo capítulo ontem. A juíza Dalva Macedo, da 70ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, atendeu solicitação do Fluminense pelo bloqueio de R$ 200 milhões do Verdão e do atleta. A quantia precisa ser depositada em até cinco dias.
O objetivo da determinação é assegurar o pagamento do valor referido no caso de o Fluminense ganhar ações futuras contra Scarpa. A determinação não altera a liberação do jogador de atuar pelo Palestra, garantida graças a um habeas corpus concedido pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Curiosamente, no texto redigido por Dalva Macedo, a juíza escreveu o numeral “R$ 200.000,00”, mas escreveu duzentos milhões de reais. Caso não aconteça uma correção, isso poderá servir de base para o departamento jurídico do Palmeiras entrar com recurso quanto ao caso.
No final de 2017, Gustavo Scarpa entrou na Justiça contra o Fluminense por conta de R$ 9 milhões devidos pelo clube ao jogador, entre salários, direitos de imagem e outras pendências. Em janeiro, o meia conseguiu a rescisão contratual na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro e assinou com o Palestra por cinco temporadas.
O novo capítulo no imbróglio jurídico aconteceu justamente no melhor momento o primeiro período de Scarpa no Palmeiras. Após uma longa pré-temporada, o camisa 14 marcou seus primeiros gols pelo clube pouco antes de a rescisão ser publicada pelo BID (Boletim Informativo Diário) da CBF.
Após o TST (Tribunal Superior do Trabalho) conceder habeas corpus ao jogador, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) publicou no BID (Boletim Informativo Diário) a rescisão de contrato de Scarpa com o Fluminense. Desde então, o meia teve seu destino nas mãos e optou pelo Alviverde.
O atleta e seus empresários tinham uma oferta milionária de um clube da Arábia Saudita, além de sondagens do Benfic. A opção do jogador, porém, foi reassinar seu contrato com o Palestra, no valor de 6 milhões de euros, pagos em luvas a Scarpa – este havia sido suspenso por cláusula contratual em virtude do imbróglio jurídico com o Fluminense.
No entanto, independentemente da decisão do meia, o Fluminense entrará com recurso no TST. Se conseguir derrubar o habeas corpus, o Tricolor volta a ter o vínculo do atleta. Se ele tivesse optado pela Arábia, o procedimento seria o mesmo, sendo que caso o clube estrangeiro descumprisse ordem do TST, o time das Laranjeiras poderia acionar a Fifa, que tem órgãos para definir a situação.