Justiça estipula fiança para torcedores chilenos
Redação DM
Publicado em 8 de abril de 2017 às 02:28 | Atualizado há 8 anos
O juiz Rubens Pedreiro Lopes determinou que 23 torcedores chilenos presos após a confusão no jogo entre Corinthians e Universidad de Chile, na quarta-feira, em Itaquera, só serão liberados mediante pagamento de fiança. A audiência realizada ontem no Fórum Criminal da Barra Funda durou cerca de quatro horas e contou com a presença de Alejandro Sfeir, cônsul do Chile no Brasil.
Segundo a determinação judicial, dois torcedores, acusados de lesão corporal, terão que arcar com cinco salários mínimos, enquanto os 21 que respondem por desacato e danos ao patrimônio tiveram fiança estipulada em três salários mínimos. Apenas Sérgio Alejandro Barra Spinoza, que reside no Brasil e estuda na Universidade de São Paulo (USP), foi liberado já nesta sexta-feira.
Mesmo com o pagamento de fiança – o Consulado do Chile não colaborará com os custos –, os torcedores chilenos precisarão aguardar no Brasil um julgamento no Juizado Especial Criminal (JeCrim), só podendo retornar ao seu país em caso de absolvição.
Dois dos chilenos detidos em Itaquera já haviam sido liberados na manhã de quinta-feira, um jornalista e uma mulher. Por sua vez, o Corinthians cobra da Universidad de Chile o reparo dos danos em seu estádio, ameaçando acionar a Conmebol em caso de intransigência.
A torcida chilena e policiais militares entraram em confronto antes mesmo de a bola rolar. Segundo a PM, tudo começou depois que alguns torcedores passaram a depredar a arquibancada do estádio. Eles quebraram cadeiras e as arremessaram no setor destinado aos corintianos e na polícia, que respondeu.
“No intervalo, eles se dirigiram ao banheiro e quebraram todo o banheiro do estádio do setor visitante”, afirma o tenente Aílton Pereira Alves. Os torcedores detidos foram encaminhado ao 24º Distrito Policial, na Água Rasa, também na Zona Leste.