Mad Dogs: Potencialidades do basebol em Goiânia
Redação DM
Publicado em 5 de julho de 2021 às 16:55 | Atualizado há 4 anos
Quando se fala em basebol, automaticamente se pensa em filmes universitários baseados na vida de atletas. No entanto, este esporte requer processos, dos quais, muitos são de formação, aprendizagem e treino. Assim, conseguem estimular e desenvolver habilidades físicas e mentais, bem como trabalho em equipe e observação.
Por outro lado, o esporte se torna um jogo de polegadas, pois é comumente praticado por países como Estados Unidos, América Central e Japão. O basebol chegou ao Brasil junto dos primeiros imigrantes japoneses que se instalaram Sorocaba e Paraná, em 1908. Além disso, o basebol é marcado pela influência de comunidades estrangeiras, que atuam no seu desenvolvimento. Deste modo, a integração cultural permitiu a adaptação de técnicas e táticas que visavam a dinamicidade e obediências hierárquica durante os jogos.
No entanto, o esporte em Goiânia caminha a passos lentos e enfrenta obstáculos referentes à sua profissionalização. De acordo com o gestor, Antônio Gabriel, a participação da comunidade favorece o crescimento da equipe.
Entrevista: Mad Dogs basebol
Diário da Manhã: Como nasceu a ideia de criar o Mad Dogs?
Antônio Gabriel: A ideia de criar Mad Dogs foi iniciada por um colega nosso em 2012 ou 2013. Porém, acabei “herdando” o time em 2014 após sua saída.
DM: O que levou à interrupção da inciativa?
AG: Entre 2014 e 2020, paramos três ou quatro vezes por falta de interesse dos participantes. Isso desanimou a equipe e levou às interrupções. Porém o peso maior foi a pandemia, pois, embora os atletas fiquem distantes um do outro, ainda há risco de contágio.
DM: Como tem sido a prática do basebol em Goiânia? O time treina em parques públicos ou há um local cedido?
AG: No começo treinávamos em campos de futebol em lugares periféricos da cidade, mas isso atrapalhou o nosso crescimento pois eram locais distantes. Porém, um atleta contatou a prefeitura e a Secretaria do Esporte solicitando terraplanagem no campo provisório. No entanto, com a distância, muitos atletas preferiram treinar no campo do setor sudoeste.
DM: Como foi a integração da comunidade do setor sudoeste com o basebol?
AG: O time cresceu com a participação da comunidade venezuelana que reside ao redor do setor sudoeste. Eles são apaixonados por basebol, e o conhecimento que tem sobre o esporte ajuda muito no desenvolvimento da equipe. Essa participação é importante, porque precisamos de pessoas interessadas em aprender e praticar basebol.
DM: O basebol é um esporte que não dá para praticar sem os equipamentos adequados. Como o Mads Dogs tem feito para melhorá-los?
AG: Desde o nosso retorno à inciativa, foi necessário adquirir equipamento adequado e de qualidade. Ninguém nos ajudou a comprar, tiramos tudo do nosso bolso. É um investimento pesado porque esse tipo de material é caro no Brasil.
DM: Quais são os desafios que o Mad Dogs enfrenta na realização de campeonatos?
AG: Não colocamos como prioridade um campeonato, embora seja possível participarmos no futuro. Porém, jogamos amistosos e temos um marcado para o dia 11, contra uma equipe de Brasília. Mas como se trata da nossa primeira experiência, o principal desafio é o interesse, poucas pessoas demonstram interesse ou curiosidade no esporte.
DM: Quem pode fazer parte do Mad Dogs?
AG: O Mad Dogs basebol é uma inciativa solidária. Estamos abertos à população de Goiânia. Independente do gênero, todos a partir de 15 anos podem participar, ou seja, não realizamos seletivas.
DM: Onde é local de treinos do Mad Dogs?
AG: Nós treinamos todos os finais de semana na praça C-10, no setor Sudoeste, perto da Vila União. No sábado, das 15h às 18h; e nos domingos, das 8h30 ao 12h.