Não teve perdão
Redação DM
Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 02:15 | Atualizado há 8 anosRogério Micale não é mais técnico da seleção brasileira sub-20. A CBF decidiu por não contar mais com o campeão olímpico, que não conseguiu classificar a equipe sub-20 para o Mundial de 2017. O coordenador das categorias de base, Erasmo Damiani, também foi desligado do cargo.
A conquista das Olimpíadas do Rio de 2016 foi um dos últimos atos de Rogério Micale como treinador da seleção. Depois de ter alcançado o primeiro título olímpico do Brasil no futebol masculino, Micale conduziu os brasileiros em mais uma missão importante, o Sul-Americano sub-20. A campanha dos meninos no torneio continental não foi das melhores, e a base não conseguiu se classificar para o Mundial 2017, fato que pode ter sido crucial na decisão da instituição.
O técnico se reuniu com o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, que sacramentou a saída, assim como outros integrantes da comissão técnica que acompanhavam o treinador. Foram os casos de Rogerio Maia (preparador de goleiros), Paulo Xavier (coordenador de scout), Gustavo Copertino (administrador) e Vinicius Costa (supervisor).
O técnico assumiu a seleção em maio de 2015, após uma má campanha também no Sul-Americano sub-20. Naquele ano, Micale foi vice-campeão, da Suécia, no Mundial, com os jogadores que representavam o Brasil.
Em 2016, Micale conquistou um feito inédito: o primeiro ouro olímpico. Com Neymar, Gabriel Jesus e Gabigol, o comandante conseguiu levar o Brasil à final contra Alemanha. Decidida nos pênaltis, o grupo alcançou a primeira medalha de ouro numa Olimpíada, da história do futebol brasileiro.
A escolha de um novo técnico pode ter a participação direta do coordenador de seleções, Edu Gaspar, e do treinador da seleção principal, Tite.
Existe a possibilidade de Sylvinho ser chamado para a vaga de Micale no comando técnico da seleção sub-20 e Alessandro assumir a coordenação das seleções de base, no lugar de Damiani.
Há também a chance de Sylvinho acumular o cargo de coordenador e treinador da sub-20, o que alteraria a estrutura de base das seleções. A seu favor, pesam o conhecimento e bom relacionamento com Tite, de quem é auxiliar na seleção brasileira. Sua inexperiência na base, porém, joga contra, além do fato de residir, atualmente, em Milão.