Reconhecimento facial torna-se obrigatório em estádios para combater cambismo; Goiás foi pioneiro
Redação Online
Publicado em 17 de julho de 2025 às 15:09 | Atualizado há 2 horas
A Lei Geral do Esporte determinou a obrigatoriedade do reconhecimento facial em estádios com capacidade acima de 20 mil lugares a partir de 14 de junho. O sistema visa aumentar a segurança, agilizar o acesso e coibir a revenda ilegal de ingressos. O Goiás foi pioneiro e viu crescer o número de torcedores na Serrinha. Clubes como Palmeiras e Santos já adotaram a medida antes do prazo legal, enquanto Corinthians e São Paulo implementaram recentemente.
A instalação do sistema em estádios de médio porte pode ultrapassar R$ 3 milhões. O Corinthians enfrentou turbulências na adoção da tecnologia, com troca de fornecedores às vésperas da estreia. Apesar dos obstáculos, o clube registrou menos de 0,5% de falhas no primeiro jogo com a biometria facial, embora o público tenha sido 22% menor que a média habitual.
O Palmeiras relatou queda na ação de cambistas após a implantação total do sistema em 2023. O clube integra o reconhecimento facial ao programa Muralha Paulista, auxiliando na identificação de criminosos procurados. No caso do Santos, a implementação por setores evitou tumultos e garantiu maior controle sobre torcidas organizadas e sócios.
Um dos principais desafios é o tratamento dado aos torcedores visitantes, obrigados a realizar cadastro temporário a cada jogo. O Santos defende a integração dos sistemas entre clubes para simplificar o processo e gerar dados úteis para a segurança e marketing esportivo.
Foto: Assessoria Goiás E.C.