Retorno que fez bem
Diário da Manhã
Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 02:17 | Atualizado há 4 meses
Não foi uma apresentação ideal, mas vitórias não requerem isso. Vencer é vencer e três pontos implica na implantação do Dragão na liderança do Grupo B, com seis pontos e 50% de aproveitamento.
O Dragão venceu o Crac por 1 a 0 no retorno ao Estádio Olímpico. O jogo teve duas situações diversas: o primeiro tempo horroroso, que dava agonia de assistir, e um segundo tempo agitado, com muitas chances e um volume de jogo que representa os melhores 45 minutos do Atlético neste ano.
O rubro-negro volta a campo na segunda-feira (13), novamente no Estádio Olímpico, às 20h, diante do Itumbiara.
O Jogo
Estava esquisito e preocupante a situação do Atlético no primeiro tempo. O time tinha a posse de bola e dominava o centro do campo, porém não criava nada e não conseguia infiltrar. Teve uma chance razoável aos cinco minutos com um chute de Daniel Borges, mas tirando isso, as principais oportunidades de gol eram do Crac.
Frontini quase abriu o placar cabeceando de longe em um lançamento que recebeu e quase surpreendeu todos no Estádio Olímpico. Depois, aos 19 minutos, Jean finalizou bem e a bola passou perto.
O Dragão continuava perdido em campo, tinha a bola, avançava as linhas, mas sem efetividade alguma. Zero criatividade e nenhuma movimentação, ou rotação significativa. Resumindo, os atletas não se deslocavam com qualidade para receber um bom passe ou desmantelar a marcação.
Aos 25, Guaraci chutou forte e preciso. O endereço era o ângulo e o resultado seria um golaço se Kléver não tivesse feito uma defesa plástica.
A boa chance rubro-negra ocorreu aos 33, quando a zaga catalana bateu cabeça e recuou a bola errada. Wanderson saiu sozinho com o goleiro, porém adiantou a bola e perdeu gol fácil.
Nos momentos derradeiros da etapa inicial, o Atlético tocava bola na entrada da área e em uma triangulação, Viçosa saiu sozinho, fintou o goleiro e rolou para Jorginho abrir o placar.
Antes do apito final, Guaraci agrediu Jorginho, um companheiro de time, com um tapa na nuca. Foi expulso e deixou o Crac com um a menos.
Na volta dos vestiários houve um jogo que ninguém ainda tinha visto do Atlético este ano. Outro volume, outra postura. As entradas de Luiz Fernando e Alípio e talvez a bronca de Marcelo Cabo trouxeram um time vigoroso e ofensivo.
A ostensividade campineira não foi traduzida em gols por conta de muitos impedimentos e falta de capricho na hora do arremate. Não podemos deixar de fora também os méritos do goleiro Bruno Colaço, que salvou o Crac de uma goleada. Vale lembrar também que com um jogador a mais em campo fica bem mais fácil oprimir o adversário.
Viçosa perdeu um gol e parou duas vezes nas excelentes defesas de Colaço. Luiz Fernando também. A torcida exigente clamava por mais um gol, mas ficou por isso mesmo.