Transexual dribla preconceito e atua em time masculino
Redação
Publicado em 29 de julho de 2018 às 01:57 | Atualizado há 7 anos
A cidade de Itumbiara, no Sul do Estado, está recebendo etapa das regionais dos Jogos Abertos. O objetivo da competição é integrar os atletas de todos os municípios e esta e fase está conseguindo alcançar a meta. Nas quadras de basquete, Daniella Gomes de Oliveira, de 22 anos, chama a atenção. Os longos cabelos pretos bem cuidados, um top, lápis nos olhos, o perfume e a maquiagem fazem dela destaque na equipe de basquete masculino de Itumbiara. Danny (foto), como é conhecida entre os amigos, se apaixonou pelo basquete há oito anos e sempre se sentiu diferente dos colegas de equipe. “Quando era pequena me vestia como menino, mas aos poucos fui mudando meu vestuário. Minha família tentou fazer pressão com medo que eu sofresse, mas hoje me apoiam em tudo”, revela a atleta.
A jovem é trans. Ela faz tratamento hormonal há alguns anos e mora em Tupaciguara (MG), a cerca de 70 km de Itumbiara. Danny treina com a equipe do Itumbiara há mais de dois anos e afirma que nunca sofreu preconceito dos colegas de equipe. Danny não joga com a equipe feminina devido a documentação.
“Antes treinava na minha cidade (Tupaciguara), entrei como menino e hoje sou reconhecida como mulher. Quando me assumi como Danny conquistei mais respeito de todos”, revela. Ela conta que nem sempre consegue jogar de igual para igual com os outros atletas. “Na questão de força, os hormônios, que faço uso há alguns anos, me limitam”, conta.