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Maratona Bariátrica supera previsão e realiza 31 cirurgias em 15 dias

A Maratona Bariátrica da Prefeitura de Goiânia, realizada pelo Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas), está levando esperança de vida melhor a dezenas de pessoas. A ação teve início na última quinta-feira (30/9) e vai até o final do ano. Ao menos 75 beneficiários do Imas serão submetidos ao procedimento cirúrgico. Servidores que aguardaram, em média, há um ano pela cirurgia relatam dificuldades diárias e expectativa de nova vida.

Como anunciado pelo prefeito Rogério Cruz, a meta da Maratona Bariátrica é zerar a fila de espera até dezembro deste ano: “Nosso esforço é para zerar essa demanda, visto que estamos tratando com o que há de mais importante, a vida de pessoas que necessitam deste procedimento, para terem um viver melhor”, afirmou o prefeito Rogério Cruz. Nesta primeira quinzena, já foram realizadas 31 cirurgias bariátricas.

O número surpreende, uma vez que a previsão era a de realizar 12 cirurgias por semana, incluindo os finais de semana. “Estamos contentes com o resultado inicial, conseguimos realizar 7 cirurgias a mais do que o previsto nestas duas semanas iniciais, acredito que a meta será alcançada até dezembro”, destacou Júnior Café.

Atualmente existem 110 pessoas que deram entrada no processo para a realização da cirurgia, dos quais 67 estão aptos desde o dia 30 de setembro, e os demais aguardam laudos, exames e liberação de seus médicos. A Maratona Bariátrica conta com 4 hospitais e 6 médicos especialistas para o procedimento.

Esperança

A caminho do Hospital São Lucas, no Centro de Goiânia, para realização da cirurgia, o jardineiro da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Jaderson Leandro Rodrigues, que tem 38 anos, contou que teve sua preparação interrompida pela pandemia em 2020.

Jaderson Leandro Rodrigues, 38 anos.

“Estou ansioso e feliz. Ser obeso não é uma realidade fácil, a vida de um sedentário é difícil e complicada. Além da restrição física no trabalho, por conta do cansaço, a gente convive com piadas dos colegas, o que acaba atingindo a nossa saúde mental”, comenta.

Com a cirurgia marcada para outubro, a servidora Dulcelene Conceição da Silva, 47 anos, diz que “não vê a hora de recuperar a saúde e a boa auto estima.” Ela, que pesa 110 quilos, tem 1,58 de altura, hipertensão e diabetes, relata uma vida sofrida e com restrições.

“Entrar numa loja e ser vista como um ET, escolher uma roupa e não um saco qualquer, deixar para trás as dificuldades de locomoção, principalmente na hora de passar pela catraca do ônibus, dar adeus às dores nas costas e nas pernas por conta do peso. Tudo isso será maravilhoso. Ter saúde e qualidade de vida são os meus maiores desejos. Quero fazer coisas que hoje são impossíveis, como uma simples caminhada”, diz.

Dulcelene Conceição da Silva, 47 anos

Assim como Jaderson, Dulcilene também já foi vítima de brincadeiras e constrangimento no trabalho, em razão da obesidade. “Muitas pessoas acham que somos desleixados, associam o peso à falta de coragem. É um preconceito igual ao racismo, a gente sofre demais”, desabafa.

Fabricio Magalhães, da editoria do Imas e Márcia Abreu, da Diretoria de Redação

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