Província canadense de Quebec vai taxar não vacinados contra a covid
Redação DM
Publicado em 12 de janeiro de 2022 às 14:32 | Atualizado há 3 anos
A província canadense de Quebec, paralisada pela propagação da variante Ômicron, vai criar nas próximas semanas um novo imposto sanitário para quem não está vacinado contra a covid-19. “Estamos trabalhando em uma contribuição de saúde para todos os adultos que se recusam a ser vacinados, pois eles representam um fardo financeiro para todos os cidadãos da província”, disse o governador de Quebec, François Legault.
Para ele, os 10% dos habitantes da província que ainda não receberam uma dose do imunizante não devem prejudicar os 90% que já se vacinaram. “Não cabe a todos os quebequenses pagar por isso”, afirmou, durante uma entrevista coletiva. Ele especificou que o governo da província quer que o imposto represente uma “quantidade significativa”. “Sinto certo descontentamento com a minoria não vacinada que, considerando tudo, obstrui nossos hospitais.”
O governador de Quebec explicou que esses 10% de adultos não vacinados representam 50% das pessoas em unidades de terapia intensiva, situação que descreveu como “chocante”. Ele explicou que a proposta, cujos detalhes ainda estão sendo finalizados, não se aplicaria àqueles que não podem ser vacinados por razões médicas.
Em uma tentativa de conter a nova onda, Quebec anunciou em 30 de dezembro o retorno de algumas restrições, incluindo um toque de recolher às 22h e a proibição de reuniões privadas. No total, 2 742 pessoas com covid estão internadas e cerca de 255 pessoas estão em UTIs em Quebec, que tem cerca de 8 milhões de habitantes.
As hospitalizações também continuam a aumentar na província vizinha de Ontário, a mais populosa do Canadá, com 3.220 pessoas internadas e 477 em terapia intensiva.
Os governos em todo o mundo impuseram restrições de movimento aos não vacinados, mas um imposto abrangente sobre todos os adultos não vacinados pode ser uma medida rara e controversa.
Embora esse imposto possa ser justificado no contexto de uma emergência de saúde, disse Carolyn Ells, professora de medicina e ciências da saúde da Universidade McGill, se sobreviverá a uma contestação judicial dependerá dos detalhes. (Com agências internacionais).
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