Casaquistão diz que 164 pessoas morreram em meio a protestos
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de janeiro de 2022 às 11:40 | Atualizado há 3 anos
Autoridades do Casaquistão disseram neste domingo (9) que 164 pessoas, incluindo uma menina de 4 anos de idade, foram mortas em uma semana de protestos que marcou a pior agitação desde a independência da ex-república soviética há 30 anos. O gabinete do presidente Kassym-Jomart Tokayev disse que a ordem foi restaurada no país da Ásia Central e que o governo retomou o controle de todos os edifícios que foram tomados pelos manifestantes. Alguns edifícios foram incendiados.
Tiros esporádicos foram ouvidos neste domingo em Almaty, a maior cidade do Casaquistão, de acordo com a estação de TV russa Mir-24, mas não ficou claro se eram tiros de advertência da polícia. Tokayev disse na sexta-feira, 7, que autorizou uma ordem de atirar para matar para que a polícia e os militares restaurassem a ordem.
As manifestações começaram na parte ocidental do país, no domingo passado, 2, devido a um forte aumento nos preços dos combustíveis e se espalharam por todo o Casaquistão. Aparentemente, o movimento foi um reflexo do descontentamento mais amplo com o governo autoritário. Uma aliança militar liderada pela Rússia enviou tropas ao país.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, chamou a ordem de Tokayev de “algo que rejeita resolutamente”. “A ordem de atirar para matar, na medida em que existe, está errada e deve ser rescindida”, disse ele no domingo no programa This Week da ABC. “E o Casaquistão tem a capacidade de manter a lei e a ordem, de defender as instituições do Estado, mas de forma que respeite os direitos dos manifestantes pacíficos e também atenda às preocupações que eles levantaram – questões econômicas, algumas políticas preocupações”, acrescentou Blinken. Fonte: Associated Press.
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