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Celebrações do Dia da Vitória na Rússia são reduzidas devido à tensão com o Ocidente

Putin aproveita a celebração reduzida do Dia da Vitória para enfatizar a luta contra o Ocidente e destacar o papel da Rússia na história mundial.

Rússia faz celebração reduzida do Dia da Vitória. Rússia faz celebração reduzida do Dia da Vitória.

O presidente russo, Vladimir Putin, liderou nesta terça-feira (9) um desfile militar em celebração ao Dia da Vitória em Moscou. Embora o desfile tenha sido reduzido em relação aos anos anteriores, milhares de pessoas se reuniram nas ruas da Praça Vermelha para assistir a exibição de equipamentos militares e celebrar o papel da União Soviética na derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

O Dia da Vitória é o dia mais significativo para o governo russo de Putin, que o usa há muito tempo para obter apoio público, demonstrar o poderio militar do país e protestar contra as injustiças históricas que ele percebe que as nações ocidentais acumularam contra sua nação.

Historicamente, Putin lidera o desfile militar anual na Praça Vermelha com exibições de equipamentos militares, incluindo tanques, mísseis e outros sistemas de armas, antes de uma cerimônia de colocação de coroas de flores no “túmulo do soldado desconhecido” perto do muro do Kremlin, para homenagear a memória daqueles que pereceram nas batalhas.

O desfile deste ano contou com a presença de mais de 10 mil pessoas e 125 unidades de vários tipos de armas e equipamentos, segundo o ministro da Defesa, Sergei Shoigu. No entanto, em comparação com o ano passado, houve uma redução no número de participantes e equipamentos.

Embora o desfile tenha sido reduzido, Putin usou a ocasião para lançar mais um ataque contundente ao Ocidente, acusando-o de manter a Ucrânia refém de seus planos contra os russos. Putin repetiu sua falsa afirmação de que o Ocidente desencadeou uma “guerra real” contra a Rússia, apesar da invasão não provocada do Kremlin à Ucrânia.

“A verdadeira guerra foi desencadeada contra nossa pátria”, disse Putin, alegando falsamente que o Ocidente havia provocado a guerra na Ucrânia. “Repelimos o terrorismo internacional e, para isso, defenderemos os residentes de Donbass e garantiremos nossa própria segurança. A Rússia não tem nações hostis no Ocidente ou no Oriente”, acrescentou.

Putin também voltou a fazer comparações entre o conflito na Ucrânia e a luta contra as forças nazistas na Segunda Guerra Mundial, dizendo que a civilização está mais uma vez em um ponto de virada.

Ao longo de seu breve discurso, Putin elogiou as tropas russas que lutam no que o Kremlin chama de “operação militar especial” na Ucrânia, dizendo que o país está “orgulhoso” de todos que lutam na linha de frente. No entanto, nenhuma menção foi feita às baixas sofridas pelas tropas russas, estimadas em dezenas de milhares.

“O mal voltou”

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comparou a Rússia à Alemanha nazista quando propôs mudar as comemorações do Dia da Vitória para um dia antes em um projeto de lei apresentado aos legisladores, em um esforço para distanciar Kiev das comemorações do Kremlin.

Como a Rússia, a Ucrânia tradicionalmente comemora a vitória sobre os nazistas em 9 de maio, mas essa data tornou-se cada vez mais associada a um desfile em Moscou.

“É no dia 8 de maio que a maioria das nações do mundo se lembra da grandeza da vitória sobre os nazistas”, disse Zelensky na segunda-feira.

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