Internacional

China se diz ‘disposta a trabalhar com o Brasil’ para defender ‘equidade’ frente aos EUA

DM Redação

Publicado em 28 de julho de 2025 às 10:19 | Atualizado há 7 horas

Nelson de Sá – Folha Press

Questionada sobre a sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, ameaçada pelos Estados Unidos para sexta-feira (1º), a China afirmou que “está disposta a trabalhar junto com os países da América Latina e do Brics, incluindo o Brasil, para defender conjuntamente o sistema multilateral de comércio, centrado na OMC (Organização Mundial de Comércio) e proteger a justiça e a equidade internacional”.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, respondendo especificamente sobre uma maior abertura do mercado chinês para produtos brasileiros hoje exportados aos EUA, como os aviões da Embraer, acrescentou que “a China valoriza a cooperação pragmática com o Brasil na área de aviação e outros campos e está disposta a promovê-la com base em princípios de mercado”.

O tom foi o mesmo ao abordar as negociações comerciais da própria China com os EUA, que acontecem até esta terça (29) em Estocolmo, na Suécia. “Com base na igualdade, respeito e reciprocidade, por meio do diálogo, aprimoraremos o consenso e reduziremos mal-entendidos”, disse Guo.

Questionado se seu país aceitaria um acordo como aquele fechado entre EUA e União Europeia, que ficou aquém do que buscavam os europeus, respondeu que “a China sempre defendeu que todas as partes resolvam as diferenças econômicas e comerciais por meio do diálogo e da consulta em igualdade de condições”.

A entrevista coletiva desta segunda (28), no ministério, foi tomada quase integralmente por questões comerciais. Sobre a suspensão pelos EUA de novas medidas de controle de exportação para a China, para assegurar um acordo na Suécia, como noticiado de Washington pelo Financial Times, o porta-voz não confirmou que Pequim tenha feito o mesmo.

“Sempre tivemos esperança de que os EUA e a China trabalhem juntos para implementar o importante consenso alcançado durante a ligação entre os dois chefes de Estado”, comentou Guo, em referência ao mais recente telefonema entre o líder Xi Jinping e o presidente Donald Trump, no início de junho.

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