EUA bloqueiam cessar-fogo em Gaza

Na última quarta-feira (4), os Estados Unidos exerceram seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, impedindo a aprovação de uma resolução que exigia um “cessar-fogo imediato e incondicional” nas hostilidades entre Israel e Hamas. A proposta, que contava com o apoio dos outros 14 membros do conselho, também buscava garantir a entrada de ajuda humanitária na faixa de Gaza, onde a situação se deteriora rapidamente.

Crise humanitária agravada

O veto dos EUA ocorre em um momento crítico, quando Gaza enfrenta uma das piores crises humanitárias da sua história. Com mais de 2 milhões de habitantes, a região sofre com a escassez de alimentos e medicamentos, agravada por um bloqueio prolongado. A embaixadora interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, justificou a posição do país, afirmando que não apoiariam medidas que não incluíssem uma condenação ao Hamas, o que, segundo ela, prejudicaria esforços diplomáticos.

Repercussões internacionais

A decisão dos EUA foi amplamente criticada, inclusive pela embaixadora do Reino Unido na ONU, que descreveu as ações de Israel como “injustificáveis e desproporcionais”. As tensões no conselho refletem a divisão internacional sobre como lidar com a crise em Gaza, com muitos países clamando por um cessar-fogo que permita a chegada de ajuda. O Hamas, por sua vez, reagiu ao veto afirmando que a administração norte-americana demonstra uma preferência unilateral por Israel, em detrimento de uma solução pacífica.

Enquanto isso, a situação em Gaza continua a se agravar, com a população civil pagando o preço das hostilidades. O futuro da região permanece incerto, com a comunidade internacional observando ansiosamente os desdobramentos dos conflitos e suas implicações globais.