Internacional

Novos ataques entre Irã e Israel colocam em xeque cessar-fogo anunciado por Trump

Redação Online

Publicado em 24 de junho de 2025 às 02:40 | Atualizado há 3 horas


Tel Aviv informou que forças iranianas dispararam ao menos seis mísseis contra seu território
Tel Aviv informou que forças iranianas dispararam ao menos seis mísseis contra seu território

Horas após o presidente americano Donald Trump declarar um cessar-fogo entre Israel e Irã, ambos os países relataram novas ofensivas. Tel Aviv informou que forças iranianas dispararam ao menos seis mísseis contra seu território, o que resultou na morte de três pessoas. Em resposta, Israel emitiu ordens de evacuação em bairros de Teerã, onde ocorreram explosões.

As declarações oficiais dos dois lados apontam divergências quanto à validade do acordo. O chanceler iraniano Abbas Araghchi afirmou que a trégua entrou em vigor, mas que as ações das Forças Armadas continuaram “até o último minuto”. Ele negou a existência de um cessar-fogo formal, mas disse que Teerã estava disposto a suspender os ataques se Israel fizesse o mesmo.

Segundo fontes da Casa Branca, o acordo foi costurado após diálogos diretos de Trump com o premiê israelense Benjamin Netanyahu, e articulações com Teerã por meio de integrantes do governo americano, incluindo o vice-presidente J.D. Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e o enviado especial Steve Witkoff.

A sequência de ataques contradiz o anúncio de trégua e revela fragilidade na mediação americana. No fim de semana, os EUA haviam bombardeado instalações nucleares no Irã. Em retaliação, Teerã atacou a base americana de Al-Udeid, no Qatar, após alertar previamente os aliados. A ação não deixou vítimas. A ofensiva de Trump gerou desconforto em sua base política, que critica o envolvimento dos EUA em conflitos externos.

A tentativa de cessar-fogo veio em meio a queda de popularidade de Trump, registrada em pesquisa Ipsos/Reuters. O temor de um novo conflito de longa duração no Oriente Médio pressiona Washington e torna o fim da guerra uma urgência também interna.

Foto: Reprodução

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