Internacional

Ucrânia pede que Brasil convença Putin a participar de reunião com Zelensky

DM Redação

Publicado em 13 de maio de 2025 às 16:21 | Atualizado há 5 horas

Conflito no leste europeu já dura mais de três anos

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, fez um apelo ao governo brasileiro nesta terça-feira (13) para que utilize sua influência diplomática junto à Rússia na tentativa de viabilizar um encontro entre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o presidente russo Vladimir Putin. A reunião, proposta para ocorrer na Turquia, teria como objetivo discutir um cessar-fogo de 30 dias no conflito que já se estende há mais de três anos no leste europeu.

A solicitação foi feita durante uma conversa com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira. Em comunicado publicado na rede social X (antigo Twitter), Sybiha afirmou que reforçou a disposição de Zelensky em se encontrar com Putin. “Insisti para que o Brasil apoiasse um cessar-fogo incondicional de 30 dias como base para negociações de paz eficazes. Reafirmei a prontidão do presidente Zelensky para se reunir com Putin na Turquia e pedi ao Brasil que use sua voz autoritária em seu diálogo com a Rússia para que esse encontro direto de mais alto nível aconteça”, escreveu o ministro.

A proposta de um encontro direto entre os dois líderes ocorre em um momento em que a diplomacia internacional busca novos caminhos para a resolução do conflito. No último fim de semana, Vladimir Putin sinalizou disposição para retomar conversas com a Ucrânia. As negociações estão previstas para serem retomadas na próxima quinta-feira (15), em Istambul, na Turquia.

Também pelas redes sociais, Zelensky declarou estar pronto para viajar à Turquia e lamentou a ausência de uma resposta clara da Rússia às diversas propostas de cessar-fogo já feitas por Kiev. O presidente ucraniano ainda destacou a importância do envolvimento de líderes internacionais no processo e mencionou o ex-presidente norte-americano Donald Trump, sugerindo que ele “encontrasse uma oportunidade de ir à Turquia”, como forma de pressionar Putin a participar da reunião.

A iniciativa diplomática envolve uma série de atores globais e reforça o papel que países como o Brasil podem desempenhar no esforço por uma saída pacífica para o conflito, diante da prolongada crise humanitária e geopolítica causada pela guerra.

Alexandre Manso – Estágio


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