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Mulher morre por injeção de levanta bumbum: "Frescura" foi o termo usado por biomédico

A Polícia Civil, por meio das investigações, apurou novas informações sobre o caso de Ronilda Johnson. A mulher, teria morrido após fazer um procedimento para aumentar o bumbum. A mesma chegou a ter relatado ao biomédico que fez o procedimento que estava com dores antes de ser internada. No entanto, segundo a delegada responsável pelo caso, Cynthia Alves Costa, as reclamações da paciente não teriam sido levadas a sério.

"Ela falou que reclamou e parece que ele falou que ela estava era com 'frescura', com 'manha'", disse a delegada.

Ronilza estava internada a mais de um mês no Hospital de Urgências de Anápolis. A mesma veio a falecer no sábado (1), devido as complicações do procedimento. A doméstica tinha 45 anos e chegou a se internada na UTI e teve confirmada Covid-19 como uma das causas da morte. Além disso, ela apresentou infecções graves que tomaram conta do corpo dela.

Uma amiga da família, informou que o corpo de Ronilza foi enterrada no dia seguinte à morte. O enterro seguiu as normas da Vigilância Sanitária, portanto, não houve a realização do velório.

A delegada preferiu não divulgar as informações sobre o indiciamento e se fez ou fará algum pedido de prisão. Contudo, Cynthia já havia informado que o procedimento não foi realizado de maneira ilegal e que a clínica onde ele foi feito não tinha alvará de funcionamento.

A pessoa responsável pelo procedimento foi o biomédico Lucas Santana, na qual se apresentou como médico para Ronilza. A polícia também apontou a participação de Thierry Cardoso, um estudante de medicina na Bolívia.

PMMA injetado na vítima

A delegada disse que os investigados usaram polimetilmetacrilato, mais conhecido como PMMA, para fazer o preenchimento. Apesar de não ser proibido, o uso, porém, não é indicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para este procedimento específico.

"O uso não é recomendado por gerar muitas complicações, deformações, nódulos, reações alérgicas, processos inflamatórios graves, rejeições, necrose e pode levar à óbito”, avaliou a farmacêutica Alessandra Rosa.

Segundo as investigações, o produto causou infecções graves no corpo de Ronilza, que depois necrosaram e viraram feridas. Após passar mal e ser levada para o hospital, a mulher denunciou os responsáveis à Polícia Civil.

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