Mulheres maduras: Não é sobre o tempo de vida; é sobre qualidade de vida

“Em uma cultura na qual impera a ditadura da juventude, as mulheres maduras estão provando que não perderam o valor por terem envelhecido”, diz a antropóloga Mirian Goldenberg em sua coluna para a Vogue Brasil. Esse fenômeno tem demonstrado uma crescente, ainda que de forma tímida, desde o início do movimento de luta pela equidade entre homens e mulheres em uma sociedade patriarcal de machismo dominante. Hodiernamente, podemos vê-las em cargos dantes tidos como masculinos, que outrora seria improvável sua ocupação por mulheres e  que hoje estão ocupados  e exercidos com maestria por elas. Exemplifico! Quem poderia imaginar anos atrás uma mulher na direção de um caminhão, no controle de uma aeronave ou liderando uma nação? Pois bem, hoje temos!  E, não para por aí, estamos por toda parte: na ciência, na tecnologia, medicina, cultura, esporte, segurança pública onde predominantemente se tinha apenas homens na liderança.

Entretanto, essa guinada só foi possível quando tiveram a percepção de que somos mais do que um corpo, o qual deve ser tratado com carinho para se ter uma boa saúde, que possuímos também mente e espiritualidade, às quais também devem ser cuidadas. Afinal, quem nunca ouviu a  célebre frase: “Mente sã, corpo são!”. Buscar o equilíbrio entre o corpo e a mente é uma escolha para viver com qualidade, pois quando a mente não está bem o corpo padece.  

Para além disso, acreditem ou não, até mesmo a ciência bateu o martelo comprovando que o peso da espiritualidade pode reforçar o sistema imunológico, atenuar os sintomas de doenças como  aids e  câncer, reduzir o risco de  problemas cardiovasculares e diabetes, melhorar a qualidade de vida, diminuir a violência e trazer sentido à vida de cada um auxiliando no processo de cura de pessoas. Não de outra forma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a espiritualidade como um fator positivo na saúde psíquica, social, biológica e de promoção do bem-estar do ser humano. O autoconhecimento e a aceitação proporcionados pela fé, afirmam os especialistas, provocam mudanças nos hábitos, tais como: melhora na alimentação, a prática de alguma atividade física, equilíbrio nos pensamentos e atitudes.

Concomitantemente, a esses cuidados que devemos ter com nosso corpo e nossa espiritualidade, é de fundamental importância entendermos que  a nossa mente é o elo entre ambos. Portanto, tão certo quanto devemos proporcionar uma boa saúde para o corpo e estarmos em dia com nossa espiritualidade (diferentemente de religiosidade) é necessário mantermos o equilíbrio das  nossas emoções usando da inteligência emocional que de acordo com a psicologia é a capacidade de identificar e lidar com as emoções e sentimentos pessoais e de outros indivíduos.

Por fim, a mais interessante de todas na minha opinião, é a sutil arte de ligar o foda-se que transporta você a um outro patamar de maturidade o qual não importa o que falem ou pensem a seu respeito, pois, seu nível de autoconhecimento é tão bacana que não precisa do reconhecimento de terceiros para sua realização pessoal. Por fim, quero deixar minha homenagem a essas mulheres maduras atemporais que sabem como ninguém dominar essa técnica e entenderam que a maturidade vai além da idade cronológica e por esse motivo chegaram onde estão hoje. Parabéns mulheres!