Revitalização do centro de Goiânia, só se faz através da parceria público privada
Redação Diário da Manhã
Publicado em 29 de maio de 2025 às 05:52 | Atualizado há 22 horas
Não só projetos de limpeza visual, iluminação pública, realização de eventos artísticos e culturais resolve a revitalização do centro de Goiânia. A solução parte da elaboração e de um plano diretor estratégico e específico para esta região da Capital, ela não pode ter o mesmo tratamento das outras zonas de ocupação urbana.
Um plano Diretor atrativo ao mercado imobiliário para que as empresas sejam elas construtoras, incorporadores e comerciais possam ter incentivos a investir no centro.
O poder público sozinho não dá conta.
Um plano diretor que respeite as características arquitetônicas e histórias dos monumentos e construções originais, mas ocupando velhos galpões ou áreas subutilizadas com novos prédios de habitação para a classe média trazendo o prazer de morar lá, com toda infraestrutura e adensamento urbano necessário que já é existente.
Em São Paulo, as fachadas ativas ( prédios residências misto com ocupação comercial no térreo) são um incentivo do Plano Diretor Estratégico e da Lei de Zoneamento, com o objetivo de promover usos mais dinâmicos nos passeios públicos e fortalecer a vida urbana. Elas incentivam a instalação de comércio e serviços no térreo de edifícios, com acesso aberto à população, substituindo muros e grades por vitrines e lojas que interagem com a calçada.
Para se revitalizar o centro de Goiânia é necessário:
1- Dinamização do espaço público:
As fachadas ativas visam tornar os passeios mais dinâmicos e agradáveis, atraindo pessoas e estimulando a interação social.
2- Fortalecimento do comércio local:
Incentivam a instalação de comércios e serviços de proximidade, como padarias, farmácias e mercados, facilitando o acesso a bens e serviços do dia a dia.
3- Melhora da qualidade de vida.
Promovem a segurança e o conforto dos pedestres, contribuindo para um ambiente urbano mais agradável e acessível.
4- Dar incentivos no Plano Diretor:
O Plano Diretor de São Paulo, como exemplo oferece incentivos para a implementação de fachadas ativas, como a redução de área computável e a concessão de descontos no IPTU.
5- Exemplos de Implementação:
Lojas e restaurantes com vitrines abertas:
Substituição de muros por lojas e restaurantes com vitrines diretamente voltadas para a calçada, criando um ambiente mais convidativo e dinâmico.
6- Espaços públicos revitalizados:
Utilização de fachadas ativas em áreas que necessitam de revitalização, contribuindo para a dinamização do local e a melhoria da qualidade de vida dos moradores.
7- Galeria comercial:
Criação de galerias comerciais em áreas com grande potencial de interação entre os espaços público e privado, como áreas de comércio e serviços.
8- Aderência do mercado imobiliário:
O mercado imobiliário tem se mostrado favorável à implementação de fachadas ativas, reconhecendo os benefícios que elas trazem para os projetos e para a cidade.
9- Desafios e oportunidades:
A implementação de fachadas ativas também apresenta desafios, como a necessidade de adaptar projetos a legislação e garantir a compatibilidade entre as fachadas e o ambiente urbano.
Voltar a morar no centro, ter um comércio ativo, ruas iluminadas, segurança, serviços públicos .A Prefeitura tem que mudar para o centro e ocupar prédios abandonados, incentivara a rede hoteleira incentivando esta importante atividade econômica, apoiar a atividade gastronômico, revitalizar e incentivar os cinemas e teatros, favorecer cursos e escolas. Repensar os mercados e feiras, cobrando dos permissionários a manutenção e a qualidade dos espaços.
Agindo assim, como um consórcio público e privado, transformaremos o centro em um local agradável de viver e evitar que ele se transforme em local abandonado e aberto ao comércio de drogas e a violência.
Arquiteto Garibaldi Rizzo
Presidente em exercício do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas de Goiàs.