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OPINIÃO

Nordeste brasilerio, a “África da fome”

Leordino Lopes de Carvalho ,Especial para Opinião Pública

O Brasil é rico, mas, o povo brasileiro, passa por sofrimentos, às vezes, próximo da tragédia. Veja a criação do tal ‘fator previdenciário’, os aposentados foram traídos e arrasados, uma injustiça e um crime. A saúde longe das previsões constitucionais. São Paulo, o Estado mais poderoso é mostrado na TV hospitais de emergência sem nenhum médico, e a segurança com lojas assaltadas dezenas de vezes, pessoas nos meios de transporte, nos pontos de ônibus sendo roubadas e agredidas. Homicídios por nada  enlutando famílias e deixando mães em desespero. O salário mínimo uma referencia de fome, a maioria não encontra meios de adquirir medicamentos, pois muitos estão idosos e  enfermos e  a fome ronda muitos lares. Mas o título é ‘Nordeste brasileiro’ e não posso entender que a mais de 50 anos vejo falar e confirmar o envio de grandes somas de dinheiro para acabar com a seca e com a miséria naquela região. O Nordeste sempre foi alvo de preocupações dos governantes e muitos recursos são anunciados  para resolver os problemas da seca, da falta de emprego, dos empréstimos feito pelos pequenos agricultores, das sementes e dos técnicos em agricultura. Fico a perguntar, qual a diferença após 50 anos, como está o Nordeste e seu povo, gado aos montes morrendo, plantações secas acabadas após tanto esforço e esperança? É muito triste ver um País abençoado, de terras variadas para plantações de todos os tipos, por exemplo, em Petrolina-PE  produção de alta qualidade, produtos que são exportados, uvas, mangas, melões e outros. A técnica já conhecida e utilizada em parte, conforme experiência em Israel. Um País com um povo tão corajoso como é o povo do Nordeste, enfrentando com sacrifícios os desafios da falta de chuva, falta de apoio necessário, e com regiões  que ficam parecidos com a África da fome. Não é aceitável esta situação, alguma coisa está errado, muita coisa precisa ser feito, e me lembro quando pela primeira vez fui ao Nordeste, na beira da estrada observei muitos homens, alguns idosos com enchada na mão, eu disse enchada, buscando plantar alguma coisa. Além da água falta máquinas, falta orientação técnica, falta apoio para que o Brasil possa ser de fato o “celeiro do mundo”. É preciso que o governo dê um basta, um chega de ver tanto sofrimento, o quadro mostrado na TV ao vivo, gado, animais sob alegria das aves de rapina ou os que ainda estão de pé apenas ossos e as famílias, crianças nos fazendo  lembrar da África da fome. A longa estiagem provoca uma série de prejuízos aos agricultores, como perda de plantações e animais, e a falta de produtividade causada pela seca provoca fome. Lembro-me na estrada de várias placas : “Ponte sobre o rio tal”, mas não havia água no leito do rio. Os rios que estão situados nas áreas do sertão são influenciados pelo clima semiárido, dessa forma não há quase nenhuma incidência de chuvas. A construção de barragens e açudes como meio de armazenar água para suportar períodos de seca. Poços artesianos são naturalmente de custos altos, mas não podemos deixar do jeito que está. Fome e miséria não poderia haver em um País tão abençoado em recursos naturais. A ganância, a corrupção, a falta de amor, falta de Deus em muitos corações impedem a solução dos problemas da seca. A fome e a miséria são frutos dessas atitudes de muitos homens. O povo não merece passar por tanto sofrimento, o Brasil não merece. Meditar nisto e falar nisto com nossos políticos antes e após as eleições.

(Pr. Leordino Lopes de Carvalho Junior, presidente do “CPA” Conselho de Pastores de Anápolis, vice-presidente da Cruzada pela Dignidade. E-mail: [email protected])

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