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OPINIÃO

Seu diploma não vale nada!

André Luis ,Especial para Opinião Pública

O enigma da ocupação de espaços nas escalas hierárquicas de poder da sociedade atual.

O maior de todos os homens que já pisou nesse mundo, Jesus Cristo, não tinha diploma!

É perfeitamente natural haver uma sistematização dos processos de produção com vistas à otimização e padronização dos resultados de funções já saturadamente estudadas quanto à sua metodologia e aplicação pragmáticas no dia a dia.

É uma tendência sublime que é atendida pela necessidade natural de organização do ambiente de trabalho e a segmentação de funções condizentes com dons e habilidades específicas preenchidas pelo espectro de configurações dos mais variados atributos que o gênero humano é capaz de apresentar.

Em suma, a sociedade atual foi criada nos moldes da imensa matiz de possibilidades de funções que o homem é capaz de criar e explorar comercialmente.

O paradoxo desse sistema é que ele é criado para acoplar e abarcar todos os tipos de funções que podem ser executadas e ao mesmo tempo ele se torna o escravizador de um imenso exército de vítimas alienadas do sistema que assumem como meta pessoal e objetivo de vida se encaixarem em alguma das posições criadas pelos designers e arquitetos do sistema atual com uma paixão visceral por um cargo, uma função, uma posição hierárquica, um título ou algum tipo de status oferecidos nas posições hierárquicas da imensa colmeia de posições fixas criadas para serem preenchidas pelas abelhinhas da sociedade atual.

O que serve como “parâmetro” certificador para determinar se alguém é importante o suficiente para ocupar aquela posição específica na monumental colmeia de posições hierárquicas da sociedade atual é um mecanismo genial de alienação e aprisionamento de humanos para que se enquadrem no perfil específico que permita encaixá-lo naquela posição determinada na colmeia: um processo de enformar, ou seja, colocar as vítimas do sistema de colmeias em fôrmas para que assumam a forma e o padrão necessários para serem encaixados nas posições específicas da gigantesca colmeia de escalas e posições sociais desse atual sistema de coisas mundial. Em poucas palavras, as pessoas se submetem a um processo de enformação, o mesmo processo que o bolo passa dentro da fôrma para que fique na mesma forma que a fôrma que serviu de molde para moldar o bolo. Depois que a abelhinha do sistema assumiu a forma desejada ela pode ser encaixada nas vagas disponíveis da colmeia exploradora do sistema.

Segundo o Dicionário Online Português, o significado de Enformar é:

v.t. Meter na fôrma. Dar forma a. V.i. Crescer, desenvolver, encorpar.

Talvez essa colmeia de vagas a serem preenchidas possa ser apelidada como “comédia”, pois prefigura um drama que obriga os cidadãos a frequentar escolas e universidades que vão “formar” e “preparar” eles para o mercado de trabalho para que assumam as formas exigidas capazes de ocupar as posições disponíveis nas vagas dessa colmeia mundial de posições hierárquicas, não sendo exagero nenhum encarar esse sistema mundial como uma comédia.

O interessante é que a programação neuro-linguística aplicada nas abelhinhas do sistema faz com que elas se sintam felizes e orgulhosas em serem obrigadas desde crianças a se enformar para se encaixar em alguma vaga nas posições hierárquicas da colmeia mundial de posições sociais.

Esse método reducionista faz as pessoas acreditarem que são aquilo que foram obrigadas a se moldar para serem, então uma pessoa que entrou na fôrma de bolo da linha de produção que enforma médicos vai sair da fábrica de médicos (a universidade de medicina) dizendo: “eu sou médico”, como se o diploma dele fosse o referencial supremo e absoluto que o qualifica a se considerar apto a dizer que é algo que o diploma dele diz que ele é.

Nessa mesma linha de raciocínio um designer bate no peito e diz: “sou formado em design gráfico”, como se o diploma dele fosse algo que o endossa a dizer que ele é aquilo que o diploma dele diz que ele é, sem se dar conta de que ele é apenas mais um robozinho do sistema, enformado para se encaixar na vaga disponível para ele em algum lugar da colmeia.

Mal sabem essas vítimas do sistema acadêmico e da comunidade científica mundial que eles estão lendo os livros determinados por imposição de um grupo empresarial maligno mundial que dita as regras e determina o que as pessoas devem estudar para preencher as vagas disponíveis nas suas empresas.

Em nítido contraste existem os livre-pensadores que não conseguiram se encaixar em nenhuma vaga do sistema, não conseguiram se submeter à determinação das universidades de os obrigar a ler os livros escolhidos por um corpo docente numa reitoria regida por ministérios da educação de países controlados por empresários e uma elite mundial maligna que só quer lucro à todo custo, mesmo que custem vidas humanas!

Curiosamente temos vários exemplos de pessoas que escalaram todas as posições hierárquicas desse sistema de colmeias com vagas a serem preenchidas por abelhinhas que executem as funções específicas daquelas vagas disponíveis: podemos começar citando o nome de Silvio Santos, que saiu da posição hierárquica de camelô vendedor ambulante de canetas e se tornou um mega magnata multimilionário do ramo da comunicação. Ele abandonou os estudos para isso. Samuel Klein, que fugiu da perseguição de Hitler e de um refugiado forasteiro fora de seu país se tornou o criador de um verdadeiro império varejista chamado “Casas Bahia”. Ele abandonou os estudos para isso. Luiz Inácio Lula da Silva, que saiu da posição de um discriminado nordestino que passava fome no agreste do Pernambuco para se tornar o presidente do Brasil por dois aclamados mandatos pelas pesquisas de opinião pública e pelas estatísticas oficiais da época. Ele abandonou os estudos para isso. Podemos falar também de Steve Jobs, o fundador da gigante de informática, Apple, que começou seu empreendimento numa garagem e hoje deixou um império da Tecnologia da Informação espalhado em todos os 213 países do planeta. Ele abandonou os estudos para isso. Não devemos nos esquecer de Bill Gates, que também espalhou seu império da Tecnologia da Informação em cada canto desse planeta tendo começado seu projeto artesanalmente e de forma precária. Ele abandonou os estudos para isso. Robert De Niro abandonou os estudos. O famoso criador do Facebook, Mark Zuckerberg, abandonou os estudos para se dedicar ao seu site de redes sociais. Peter Jackson, diretor dos filmes “Senhor dos Anéis” não tem diploma algum, situação parecida com a do diretor Steven Spielberg, que resolveu se formar há pouco tempo, depois de mais de 30 anos de uma carreira mais do que consagrada sem diploma algum. Richard Branson, dono do império chamado “Virgin” não tem diploma algum. Gisele Bündchen abandonou os estudos aos 14 anos para se dedicar à sua carreira de modelo e hoje é a lenda viva do mundo da moda mundial. Metade dos 10 homens mais ricos do mundo listados pela revista Forbes não completou a faculdade. Para citar alguns exemplos, a lista dos bilionários e milionários sem curso superior inclui o criador da Dell, Michael Dell, além de Paul Allen (Microsoft), Larry Ellison (Oracle) e Li Ka-Shing (o homem mais rico da Ásia).

Todos eles são exemplos inegáveis da imensa diferença entre estudar estratégias de realização de sonhos e estudar para ser um bom funcionário que executa bem suas funções para ocupar as vagas disponíveis.

Essas pessoas “formadas” se acham superiores ao ponto de intitular que fizeram um “curso superior”, mas a prática é superior à teoria e o conhecimento empírico é o que realmente é superior. O que importa é o resultado perfeito. O que importa é atingir a perfeição!

Até mesmo o maior de todos os judeus, o Messias, Jesus Cristo, que é indiscutivelmente o maior homem que já viveu e que já caminhou nesse planeta não tinha diploma algum.

Em João 7:14-15 está escrito: “Estando a festividade então já pelo meio, Jesus subiu ao templo e começou a ensinar. Portanto, os judeus ficaram admirados, dizendo: ‘Como é que este homem tem conhecimento de letras, sendo que não estudou nas escolas?’”

(André Luís Neto da Silva Menezes, pseudônimo: Tiranossaurus Rex – publicitário, inventor, filósofo, músico, integrante da Royal Society Group e vice-presidente da Associação Canedense de Imprensa. [email protected])

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