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OPINIÃO

Uma análise psicológica e espiritualista sobre a maldade como patologia (psicopatas) e a sexolatria como uma das consequências – Parte II

José Geraldo Rabelo ,Especial para Opinião Pública

Vendo a maldade apenas pelo ângulo da ciência materialista, ficamos a ver navios diante de reações que não podem ser explicadas apenas quando estudamos o indivíduo através da neurociência ou pela ‘psicofisiologia’.

O sistema límbico, formado por estruturas corticais e subcorticais, é responsável por todas as nossas emoções – medo, ansiedade, raiva, ira, alegria, tristeza, etc. Uma das principais estruturas do sistema límbico denominamos de amígdala. Localizada no interior do lobo temporal, funcionando como um gatilho de todas as emoções. Por outro lado, a razão por estar presente em diversas operações mentais e por isso de difícil definição e classificação. Segundo os neurologistas a principal região envolvida nos processos racionais é o lobo pré-frontal: uma parte dele (córtex dorsolateral pré-frontal) está associada a ações cotidianas utilitárias, como decorar um número de telefone ou objetos. A outra parte (córtex medial pré-frontal) recebe maior influência do sistema límbico, definido de forma significativa as ações tomadas nos campos pessoais e sociais. A interconexão entre emoção (sistema límbico) é que determina as decisões e os comportamentos socialmente adequados.

É importante sublinhar que os estudos clínicos sobre a psicopatia sempre apresentaram grandes dificuldades de serem realizados. A investigação clínica sobre a personalidade psicopática é uma tarefa extremamente complicada, pois os testes realizados para esse fim dependem dos relatos dos avaliados. Os psicopatas não têm interesse nenhum em revelar algo significante para os pesquisadores e tentam sempre manipular a verdade para obterem vantagens.

Psicopatas pensam muito e sentem pouco. Suas ações são racionais, e a razão tende sempre a escolher, de forma objetiva, o que leva à sobrevivência e ao prazer. De forma primitiva a razão usa a “lei de Gerson” sempre. Essa firma de pensar privilegia o indivíduo e nunca o outro ou o social. Eles agem quase sempre em função do ego doente, por isso a única pessoa que importa é ele mesmo.

Sem conteúdo emocional em seus pensamentos e em suas ações, os psicopatas são incapazes de considerar os sentimentos do outro em suas relações e de se arrepender por seus atos imorais ou antiéticos.

Enquanto pessoas ‘saudáveis’, com senso ético e moral, conseguem dominar seus impulsos cruéis, os psicopatas simplesmente seguem seus ímpetos – suas vítimas preferidas são as que não têm como se defender.

É importante sabermos que tendências agressivas e antissociais existem no íntimo de todo ser humano.

Os psicopatas, em particular os do tipo predador passivo, continuam existindo em todas as camadas socioeconômicas e culturais da sociedade. Os psicopatas ‘corporativos’ periodicamente são personagens de escândalos bombásticos na política.

Em termos gerais, o conceito psiquiátrico de narcisismo se refere a pessoas que se consideram excessivamente importantes e especiais, possuem egocentrismo patológico e buscam autossatisfação imediata, usando outras pessoas em benefício de sua autovalorização. Buscam satisfação constantemente, mas experimentam sentimentos crônicos de vazio interior e isolamento.

Mesmo sabendo de todas as influências vindas do mundo externo que influencia diretamente nossos comportamentos. Comportamentos que podem ser passivos ou bem administrados e outros que podem levar ao total desequilíbrio emocional e irritabilidade, capazes de atos extremos em relação à outra pessoa, incluindo pessoas que amamos.

Sabemos que as medicações utilizadas na psicopatia têm poucos resultados e corre-se o risco de levar o psicopata ao abuso ao se sentirem vulneráveis.

A psicoterapia talvez seja o único caminho para compreensão de sua vida atual e anterior e o que realmente poderia ser trabalhado para se chegar à raiz do ‘problema’, entretanto, a maioria das pessoas más patalogicamente não se sentem à vontade para procurar ajuda, mesmo porque seus distúrbios são vistos por eles como naturais e normais. Eles não se sentem doentes. Acreditam que é o mundo externo que o faz agir e se comportar de forma agressiva e faz isso apenas para se defender. Como vemos no caso de estupro o réu se fazer de vítima e culpara a vítima pelo ocorrido.

Não podemos eliminar ou descartar o “espiritual” (que nada tem a ver com religião) que está presente na vida de todo ser humano independente de sua crença religiosa.

Estudos cada vez mais aprimorados por parte da ciência médica e psicológica, neurociência, metafísica, física quântica, etc., tem feito grandes descobertas sobre o comportamento humano em todos os âmbitos.

Quando levamos em conta o processo reencarnatório fica ainda mais complicado o estudo de nossas reações em relação ao outro. Mas é algo que também não pode ser descartado e a TVP (terapia de vidas passadas) tem ajudado profissionais desvendar os ‘mistérios’ da ‘alma’ humana.

Muitas pessoas têm se beneficiado ao se submeter a um processo psicoterápico espiritualista onde a vida não se resume em início (nascimento) e fim (morte), mas é trabalhado entre profissional e paciente explora todas as possibilidades, todos os argumentos e não se molda o paciente a uma abordagem psicoterápica; mas ao contrário busca-se através da exigência do caso uma abordagem que possa trazer um resultado mais próximo da realidade até então latente.

O psicopata necessita ser visto pela sociedade, por isso seus crimes são, na maioria, de grande crueldade, como esquartejar, embalar em malas o corpo daquele que foi ‘escolhido’ para dar ‘certeza’ de sua existência.

É uma relação de amor e ódio. Entretanto, temos visto diagnósticos, em sua maioria, criados por profissionais apressados e fantasiosos. Tentam encontrar uma causa com base em suas teorias e concluir um assassinato através de seus próprios ‘distúrbios’, muitas vezes sem levar em conta todos os requisitos exigidos para desvendar casos como da criança que supostamente matou vários membros da família e depois suicidou.

Finalmente, temos a frase do Mestre: “É necessário que o escândalo venha; mais ai daquele pelo qual escândalo vem”, ou seja, qualquer ato que contraria a Lei de Deus é considerado “um escândalo”.

Acredito ser fantasioso um profissional chegar a uma conclusão de atos tão cruéis buscando apenas uma teoria criada pelo próprio homem, todas elas com bases na suposição, haja vista que as doenças mentais e psíquicas de uma maneira geral são abstratas e carregadas de interrogações que nós simples mortais ainda não temos conhecimento sobre o que realmente acontece dentro da alma humana.

Enquanto buscarmos concluir “casos de crueldade” tão complexos através de explicações simplistas, continuaremos viajando em nossas ilusões e se passando por deuses.

Durante vinte e oito de clínica psicoterápica e nos últimos dezoito anos estudando e praticando uma “psiquiatria e psicologia espiritual” tenho tido resultados a médio e longo prazo de casos complexos que tive que recorrer a ajuda do “Alto” e como nos escreve o Pai da Psicanálise em: “Análise terminável ou interminável”, ainda que ajudemos aqueles que sofrem, longe estamos de concluir alguma coisa.

Nosso ceticismo em relação à influência espiritual sobre nossos pensamentos e ações, ou a vida fora da matéria, somente se torna real quando passamos pela experiência, como aconteceu com o neurocirurgião Dr. Eben Alexander, transcrita em seu livro: Uma Prova do Céu.

Estamos passando por um período de transição do planeta terra e muitos comportamentos violentos e doenças psíquicas não serão compreendidas pela medicina terrena sem ajuda do Espiritualismo Científico.

(José Geraldo Rabelo, psicólogo holístico, psicoterapeuta espiritualista, parapsicólogo, filósofo clínico, especialista em família, depressão, dependência química e alcoolismo, escritor e palestrante. E-mails: [email protected] e/ou [email protected])

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