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OPINIÃO

Saúde pública de qualidade, uma grande utopia?

Ao precisarmos de atendimento médico nos deparamos com vários descasos. Falta de tudo um pouco. Falta estrutura, medicamentos, funcionários e equipamentos. Nos sentimos incapazes diante da falta de tantos recursos, uma experiência que não desejamos para ninguém.

A saúde é um direito de todos, sendo obrigação do Estado plenamente assegurada pela Constituição Federal. Pagamos nossos impostos para ter o nosso direito e o que recebemos são filas enormes nos corredores dos hospitais e centros de atendimento integral da Saúde (Cais) para conseguir atendimentos.

Segundo o médico Salomão Rodrigues Filho, esta falha vem de tempos e se agrava a cada dia mais. Faz parte da rotina da maioria das unidades públicas de saúde da capital e do interior e vem expondo os médicos a condições precárias e até humilhantes de trabalho e comprometendo gravemente a qualidade da assistência prestada à população. Situação bastante semelhante é observada também nos hospitais privados conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS), filantrópicos ou não. Ele conclui que, apesar do aumento da população, nas últimas décadas, a rede hospitalar pública goiana não ganhou em quantidade e perdeu em qualidade. Por todas estas razões muitas vidas que poderiam ter sido salvas não foram.

Uma pergunta que faço: até quando vidas serão afetadas? O que mais se vê falar nos noticiários são cidadãos perambulando nos hospitais ao encontro de uma vaga. É revoltante esta crueldade que estamos expostos e perguntamos de quem é a culpa dessa calamidade, dos cidadãos que pagam seus impostos? Ou é a má gerência da Secretaria de Saúde do nosso Estado?

(Kelly Morais Silva, graduanda em Ciências Biológicas modalidade licenciatura pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 7° Período)

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