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OPINIÃO

Vecci e o novo Brasil

A cultura brasileira sempre fluiu muito bem entre o criador e seu público, independentemente da sua representação política, que sempre ficou aquém da sua vitalidade e importância.

Foi assim que ao longo de nossa história vimos cristalizar no imaginário popular magníficos bens culturais que se tornaram patrimônios intangíveis dignos de serem divididos e usufruidos em qualquer parte do Planeta, nas áreas da música, da literatura, do cinema, do teatro, da poesia, das artes visuais e se mais áreas houvera.

Imagine, então, se essas manifestações culturais, já em si tão possantes, tivessem sido motivo de propulsão e maior investimento pelo poder público; quantos bens a mais não teríamos?

Pois estou aqui para trazer notícias boas e vejo que, pouco a pouco, este quadro que deixa a cultura ao léu de sua própria sorte vai mudando para melhor.

Sem favor nenhum, podemos constatar que surgem aqui e ali dirigentes públicos que demonstram razoável consciência do que a cultura tem e é capaz de dar, e do muito mais que ela pode ter e pode dar, se acaso lhe engraxem a máquina. Um dos exemplos de referência nacional no poder executivo é o atual governador de Goiás, em seu quarto mandato de declarado apoio a cultura.

Na esfera legislativa, porém, a indiferença tem sido marcante. É grande o vazio de iniciativas que poderiam dar à cultura e à sua gestão pública o devido valor que a eleve ao patamar do imprescindível à mesa do brasileiro, pois como se sabe, a gente tem fome de muitas outras coisas que não só de arroz, feijão e derivados.

Neste sentido, é com muita expectativa que percebemos que a frente cultural ganha um novo aliado na Câmara Federal, com a atuação de Giuseppe Vecci. Goiano de Itauçu, ele começa a mostrar que vai fazer muito naquela casa que é a maternidade de leis que ganham corpo, passam a configurar nosso tempo presente e fazem do Brasil um novo país.

Ainda em início de seu primeiro mandato, Vecci já se dispôs a ser um firme interlocutor da nova feição brasileira, por meio da sua cultura. Assumiu posto na Comissão de Cultura e, atuando com ve-        emência no forno que molda a nação, ele acaba de encaminhar um Projeto de Lei que, ao invés de criar novo mecanismo de renúncia fiscal -o que seria temerário nesta hora, ele complementa a Lei Rouanet para que extenda seus benefícios de dedução do imposto de renda a pagar às pessoas que façam doação de obras de arte, livros e outros bens culturais a museus públicos, bibliotecas e entidades afins, inclusive prevendo o aprimoramento de seus quadros de pessoal.

Com este projeto que deve logo virar lei, o Brasil vai ganhar em acervo cultural (sempre público e acessível), que passa a ser constituído também com o incentivo fiscal, fortalecendo e tornando mais visíveis as manifestações artísticas que, na verdade, são a uma só vez a alma e o futuro deste permanentemente novo país.

(Px Silveira, presidente do Instituto ArteCidadania, Goiás, e conselheiro da OS Instituto Pensarte, São Paulo)

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