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OPINIÃO

O processo democrático é uma mentira!

Ano eleitoral e a mesma ladainha que se repete há quase três mil anos volta novamente a pairar no ambiente considerado “democrático”.

Política é a arte da diplomacia.

As mesmas promessas genéricas para os mesmos problemas que nunca se resolvem.

Os mesmos perfis e a mesma esperança de que dessa vez serão eleitos outros “representantes” do povo para melhorar tudo o que sempre esteve errado e nunca mudou.

Os mesmos perfis de eleitores necessitados ideologicamente ao ponto de acreditar em alguém que eles sabem que está mentindo.

Além do que o tempero do egoísmo, que é intrínseco à vasta maioria envolvida nesse processo, traz à tona a superficialidade de um processo eleitoral que já nasceu falido desde os primórdios das duas civilizações que criaram de forma independente uma da outra o conceito utópico de “democracia”.

Roma e Grécia, as civilizações que iniciaram o processo de participação comunitária nas decisões governamentais, sendo os embriões do que veio a se tornar as suas herdeiras, as repúblicas e nações “democráticas” ao redor do mundo, deixaram apenas uma herança de um modelo falho em si mesmo, na medida em que não é igualitário nem democrático no seu âmago, na base de qualquer sociedade que queira reivindicar o título de nação justa, pelo simples motivo de não terem sido previstas regras claras de distribuição igualitária e transparente da informação.

A frase: “Conhecimento é poder” é absolutamente verdadeira e a nítida segregação entre os que sabem mais e os que sabem menos faz a “democracia” ser apenas um teatro de horrores e um campo fértil para os mais esclarecidos sambarem em cima das cabeças dos desfavorecidos de informação.

Na medida em que o conhecimento não altera a índole nem o caráter e pode munir pessoas boas com mais recursos para ajudar outros ao mesmo tempo que pode municiar pessoas malignas a terem mais estratégias para prejudicarem outros então o conhecimento e a informação ficam encerrados pela classe dominante, sendo distribuídos à conta-gotas para uma população desprovida dos recursos intelectuais mínimos nem ao menos para se darem conta de que existem outras perspectivas além daquilo em que vivem, já que o conhecimento é a chave para se desvendar os segredos do controle emocional que poderia transformar o mundo em um paraíso.

Essa “democracia” disfarçada pelas classes dominantes, desde a República Romana e as repúblicas gregas, dá a falsa sensação de que a população está participando das decisões governamentais, aproveitando-se da cegueira intelectual dos povos conquistados, e isso gera uma paz social de aceitação de mandos e desmandos, como o uso do dinheiro público para financiar as depravações sádicas dos imperadores romanos (que ocorre até hoje), a construção de monumentos sem nenhum proveito para o bem estar coletivo, programas de alienação patriótica, investimento pesado em armamentos e contingente para proteger o modo de vida suntuoso dessas classes dominantes e até mesmo espetáculos que entorpecem momentaneamente os habitantes, fazendo-os se esquecer dos reais problemas diários que enfrentam para sobreviver, enquanto se digladiam uns com os outros pelas migalhas de dinheiro que são colocadas em circulação no mercado em detrimento dos cerca de 90% da fortuna que permanece nas mãos dos 1% que dominam sobre os 99% desinformados.

O mais hilário no modelo “democrático” que os gregos e romanos deixaram como herança para o mundo é o fato de que a ilusória sensação da participação do cidadão no processo de decisões governamentais, apesar de ser escancaradamente manipulada há milênios, fica velada ao conhecimento público através de “opções” fornecidas pelos próprios governantes para serem escolhidas pelas massas. Então o humilde cidadão que perde seu tempo indo aos locais de votação achando que está cumprindo seu dever cívico para com sua comunidade por votar e “decidir” o que é melhor para seu povo, não está nada mais nada menos do que escolhendo uma das opções que foram deixadas diante dele e que são “opções” que vão manter o “status quo” vigente que privilegia quem tem muito e esmaga quem tem pouco!

Portanto, isso não é uma “decisão” popular, é apenas um teatro para a escolha de quem vai ficar com a chave do cofre dessa vez, e mesmo que haja uma “mudança de governo” com a eleição de outros indivíduos da “oposição” que se tornaram “situação” a estrutura governamental permanecerá a mesma e continuará sendo frequentada pelas mesmas pessoas, logo, nenhuma mudança será notada e todos os que participam do fechado círculo de poder vigente vão continuar se beneficiando dos conchaves políticos e alianças eleitorais, mesmo não sendo mais os detentores da chave do cofre.

Para o circo de horrores ficar completo o Estado, desde os primórdios da República Romana e das repúblicas gregas, é infestado de parasitas preocupados apenas com um emprego e uma renda mensal fixa, que se dizem funcionários públicos, mas que não se importam em atender bem à população (com raras exceções), e ficam inflacionando as despesas mensais da máquina administrativa com pouco trabalho, pouco rendimento e salários exorbitantemente além do nível, da qualidade e do volume de serviços que prestam à população (isso sem contar as gratificações e benefícios por ajudarem os poderosos a se manter no poder).

Nas eleições municipais desse ano a mesma história vai se repetir, exatamente igual vem acontecendo há quase 3 mil anos: os poderosos vão continuar de alguma forma no poder, mesmo que percam as eleições, os intermediários vão continuar sendo parasitas puxa-saco dos poderosos e o povo humilde vai continuar sendo massacrado por essas duas classes parasitárias, que, com raríssimas exceções, só se preocupam com o próprio bolso.

Temos excelentes exemplos a serem citados de políticos e funcionários públicos realmente interessados no bem estar de suas populações, mas são tão poucos e logo são eclipsados pela vasta maioria de políticos e politiqueiros malignos que não querem que bons políticos se despontem na hierarquia política da região que disputam.

A mídia sempre teve e ainda tem um papel vital nesse trabalho de alienação das massas, se vendendo à propagação de mentiras ou meias verdades oriundas dos poderosos endereçadas à população que é mantida sempre desinformada o suficiente para não entender que tudo isso não passa de um jogo macabro para manter os poderosos sempre no poder e manter as classes desinformadas sempre se debatendo e disputando as migalhas que eles autorizam que entre em circulação nas mãos da população.

Que piada mais sem graça essa “democracia” que os gregos e romanos deram de presente ao mundo! Esse é literalmente o “presente de grego” que o velho ditado já dizia.

Um doente mental que ama o poder, que ama dar ordens, que ama se sentir temido e que ama se sentir acima de outras pessoas é capaz de tudo para fazer seu padrão de vida permanecer paradisíaco, tendo como bem maior a sua própria satisfação pessoal, mesmo que outros estejam sofrendo ao seu redor.

Isso porque nem foi detalhada nessa reflexão as flagrantes fraudes eleitorais, agora mais fáceis de acontecer através das urnas eletrônicas, onde o eleitor é obrigado a acreditar num sistema eletrônico facilmente programável e adulterável por qualquer aprendiz de programação com alguns meses de estudos na área de informática.

Simples atitudes podem mudar tudo isso: a educação igualitária, com a determinação de distribuição de conteúdo realmente prático para a vida diária e o ensino de habilidades de controle emocional nas crianças formará novas gerações de adultos equilibrados e transbordantes de conhecimento útil para criar ambientes agradáveis e pacíficos ao seu redor, tornando a comunidade, a sociedade, a cidade, o país e o mundo num paraíso.

Em Atos 4:32 fica um exemplo de uma verdadeira “democracia”, mas que, na verdade, poderia ser mais enquadrada nos conceitos do comunismo e do anarquismo, mas que, mesmo assim, ainda é bem superior até mesmo ao próprio comunismo, anarquismo, democracia ou qualquer outro sistema de relações humanas que jamais existiu igual em nenhum outro grupo ou comunidade de pessoas além dos judeus nazarenos do primeiro século, onde está escrito: “Ainda mais, a multidão dos que haviam crido era de um só coração e alma, e nem mesmo um só dizia que qualquer das coisas que possuía fosse a sua própria; mas eles tinham todas as coisas em comum.”

O mundo é infestado de doentes egoístas que transformam esse planeta num inferno, sendo que, pequenas mudanças transformariam o mundo num paraíso. A mudança para um mundo melhor para todos deve começar dentro de cada um, inclusive, dentro de você!

(André Luís Neto da Silva Menezes, pseudônimo: Tiranossaurus Rex – publicitário, inventor, filósofo, músico, integrante da Royal Society Group, membro da Confederação Brasileira de Letras e Artes e vice-presidente da Associação Canedense de Imprensa - [email protected])

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