Opinião

O baile de máscaras da hipocrisia

Diário da Manhã

Publicado em 21 de março de 2016 às 00:17 | Atualizado há 9 anos

O grande baile de máscaras que o Brasil vive, tem nos derradeiros tempos, estarrecido os magnificentes e aromáticos ninhos tucanos.
Inúmeros escândalos envolvendo dirigentes de alta plumagem evidenciam de forma inconteste que as máscaras então desmoronando em meio ao baile de hipocrisias que eles vêm pregando nos últimos anos.
Nem mesmo a proteção do monopólio midiático conseguiu empurrar para debaixo do tapete as sujeiras da turma dos bairros de Ipanema, no Rio de Janeiro, e de Higienópolis em São Paulo, e tiveram que, mesmo de forma envergonhada, noticiar suas mazelas, por um pequeno período.
Antes pregadores da ética e da moral Udenista, guardiões da moralidade pátria, bastiões da ética, detergentes históricos, são profanos em seus íntimos.
Até mesmo, a Operação “politizada” da Lava-Jato descobriu, segundo o depoimento do entregador de valores Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, o nobre Senador Aécio Neves (PSDB-MG) era o mais chato na cobrança de propina da UTC – logo ele que é um dos mais raivosos pregadores do ódio no Brasil – isso sem falar da delação premiada de Delcídio do Amaral, Aécio Neves é um dos mais citados em delação premiada.
De São Paulo outro acontecimento que pestilencia do odor da tucanagem, que passou dos trilhos do metrô para a merenda escolar do Estado.
Vultosos nomes do alto escalão do Governador Geraldo Alckmin estão envolvidos num esquema de propina sobre merenda (a corrupção é adjeta por si só, mas nas áreas de merenda e saúde é de uma incompostura inominável, deveria ter penas maiores quem pratica essa indignidade).
Até mesmo o presidente da Assembléia Legislativa do Estado de SP está envolvido neste caso, na ante sala do gabinete do Governador, no Palácio Bandeirantes, funcionava o escritório desta quadrilha que roubava comida de crianças.
Muitos destes senhores foram ávidos em publicar fotos e vídeos em protestos contra a corrupção no Brasil.
Agora, o príncipe cheiroso da mais alta plumagem tucana, o insuspeito ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, está brindando o Brasil num escândalo deprimente.
Entretanto, vale ressaltar que a vida privada de FHC é o festival de baixarias e rancores – justo ou não é problema exclusivo dele, não cabe análise, comentário, mas seus atos políticos é problema de todos.
O uso das suas prerrogativas como presidente para resolver seus problemas pessoais com ajuda de empresas, meios de comunicação (a Rede Globo, foi imensamente prestativa na ocultação destes fatos, e no socorro a FHC, no caso de jornalista Mirian Dutra) até mesmo o gabinete do também odorífero Senador José Serra foi utilizado para empregar a cunhada de FHC que jamais compareceu ao Senado Federal, ou seja, dinheiro público usado para limpar a sujeira dos imaculados tucanos.
Esse é o baile de máscaras da hipocrisia que os tucanos oferecem ao Brasil, isso sem falar de uma lista imensa de outros esquemas e incoerências desta turma que se acha no direito de apontar o dedo sujo para os outros.
O que também não dá o direito de outros se defenderem utilizando o argumento que o outro fez.
O que o Brasil precisa é sair do baile de máscaras, deixar de hipocrisia, e de atalhos.
Precisamos edificar sim uma política decente sem charlatanismo.

(Henrique Matthiesen, bacharel em Direito)


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