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OPINIÃO

Nos trilhos do progresso

A la­ti­tu­di­nal Fer­ro­via Nor­te-Sul, es­pi­nha dor­sal do tran­spor­te do Bra­sil, to­ma di­re­ção per­pen­di­cu­lar em Ou­ro Ver­de de Go­i­ás pa­ra che­gar ao Por­to Se­co Cen­tro Oes­te, no Da­ia, e con­so­li­dar o mar­co ze­ro do mai­or cor­re­dor do agro­ne­gó­cio bra­si­lei­ro em Aná­po­lis. Con­ce­bi­da sob o pro­pó­si­to de am­pli­ar, in­te­grar e es­tru­tu­rar o sis­te­ma fer­ro­vi­á­rio na­ci­o­nal a FNS tem ra­mal em Aná­po­lis com a Fer­ro­via Cen­tro-At­lân­ti­ca e no Nor­te, em Açai­lân­dia (MA), com a Es­tra­da de Fer­ro Ca­ra­jás. Ao lon­go de seu tra­je­to, ela se­gue pa­ra­le­la à Ro­do­via Be­lém-Bra­sí­lia (BR-153, BR-226 e BR-010) e ao lei­to do Rio To­can­tins. A FNS se es­ten­de­rá até Es­tre­la d’Oes­te e Pa­no­ra­ma, no Es­ta­do de São Pau­lo, e Por­to do Rio Gran­de, no Rio Gran­de do Sul.

Quan­do con­cluí­da pos­su­i­rá a ex­ten­são de 4.155 qui­lô­me­tros e cor­ta­rá os es­ta­dos de Pa­rá, Ma­ra­nhão,To­can­tins, Go­i­ás, Mi­nas Ge­ra­is, São Pau­lo, Ma­to Gros­so do Sul, Pa­ra­ná, San­ta Ca­ta­ri­na e Rio Gran­de do Sul. Em Go­i­ás os tri­lhos da Fer­ro­via Cen­tro-At­lân­ti­ca têm 685 qui­lô­me­tros de ex­ten­são, com ter­mi­nais em Go­i­â­nia e Aná­po­lis. A FCA faz a co­ne­xão de Go­i­ás com os prin­ci­pa­is por­tos ma­rí­ti­mos do pa­ís. No Dis­tri­to Agro­in­dus­tri­al de Aná­po­lis ela tem ra­mal com a Es­ta­ção Adua­nei­ra do In­te­ri­or (Por­to Se­co Cen­tro-Oes­te).

A Com­pa­nhia Va­le do Rio Do­ce pas­sou a ope­rar um to­tal de 7.840 qui­lô­me­tros de vi­as fér­re­as, que per­ten­ci­am à Re­de Fer­ro­vi­á­ria Fe­de­ral, des­de se­tem­bro de 1996, dan­do sur­gi­men­to à Fer­ro­via Cen­tro-At­lân­ti­ca. Es­sa qui­lo­me­tra­gem de tri­lhos, com bi­to­la de um me­tro, abran­ge os es­ta­dos de Mi­nas Ge­ra­is, Es­pí­ri­to San­to, Rio de Ja­nei­ro, Ser­gi­pe, Go­i­ás, Ba­hia, São Pau­lo e mais o Dis­tri­to Fe­de­ral. As­sim é que a FCA é o prin­ci­pal ei­xo de co­ne­xão en­tre as re­gi­ões Nor­des­te, Su­des­te e Cen­tro-Oes­te.

Quan­do en­trar em ope­ra­ção o Ae­ro­por­to In­ter­na­ci­o­nal de Car­gas de Aná­po­lis, a Pla­ta­for­ma Mul­ti­mo­dal, o En­tre­pos­to da Zo­na Fran­ca de Ma­naus e o CD-Cen­tro de Dis­tri­bui­ção, em ar­ti­cu­la­ção com as fer­ro­vi­as Nor­te-Sul e Cen­tro-At­lân­ti­ca e as ro­do­vi­as BR 153, BR 060 e BR 444, o mu­ni­cí­pio con­so­li­da­rá o mai­or pó­lo lo­gís­ti­co do in­te­ri­or bra­si­lei­ro, com pers­pec­ti­va de des­ta­que in­ter­na­ci­o­nal. A par da es­tra­té­gi­ca po­si­ção ge­o­grá­fi­ca e dos re­fe­ren­ci­ais, di­fe­ren­ci­ais e po­ten­ci­ais com­pe­ti­ti­vos, ar­ti­cu­la­dos, in­ter­li­ga­dos e in­te­gra­dos Aná­po­lis é uma das me­lho­res ci­da­des bra­si­lei­ras pa­ra in­ves­ti­men­tos no mo­men­to.

Pi­u­í­i­ii! Ao ama­nhe­cer da quin­ta-fei­ra 10 de de­zem­bro de 2015, o gi­gan­tes­co trem com­pos­to de três lo­co­mo­ti­vas tra­ci­o­nan­do 80 va­gões car­re­ga­dos de fa­re­lo de so­ja, deu a lar­ga­da da pri­mei­ra vi­a­gem co­mer­cial ofi­ci­al da Fer­ro­via Nor­te-Sul, com des­ti­no ao Por­to de Ita­qui, em São Lu­iz, no Ma­ra­nhão, em co­ne­xão com a Es­tra­da de Fer­ro dos Ca­ra­jás, em Acai­lân­dia. Se a car­ga de 6,4 mil to­ne­la­das fos­se tran­spor­ta­da por ro­do­vi­as se­ria ne­ces­sá­rio usar 200 ca­mi­nhões. A com­po­si­ção per­cor­reu 2,4 mil qui­lô­me­tros em qua­tro di­as e a lo­gís­ti­ca de em­bar­que foi ágil e com­ple­ta, sem ne­nhum em­ba­ra­ço, uma vez que a car­ga saiu al­fan­de­ga­da do Por­to-Se­co de Aná­po­lis.

Tan­to quan­to o Nor­te, o Cen­tro-Oes­te as­su­mi­rá a van­guar­da das  fron­tei­ras de pro­du­ção/ex­por­ta­ção de ali­men­tos no Bra­sil, com a ope­ra­ção co­mer­cial da Fer­ro­via Nor­te-Sul. A es­ti­ma­ti­va é de que os cus­tos tran­spor­te  por qui­lô­me­tro vão ca­ir em mé­dia 30% com a in­te­gra­ção dos mo­dais ro­do­vi­á­rio, fer­ro­vi­á­rio e ae­ro­vi­á­rio no pó­lo lo­gís­ti­co de Aná­po­lis.

(Ma­no­el Van­de­ric, jor­na­lis­ta)

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