O mensageiro da paz
Diário da Manhã
Publicado em 11 de maio de 2016 às 02:32 | Atualizado há 9 anosEu não sou papa e nunca serei. Todavia, nada me impede de respeitar e admirar a humana caminhada do Papa Francisco, o incansável pregador da palavra e da paz entre os homens e as nações. Lamentavelmente, por mais que o povo clama pela paz, aumenta a violência e a discórdia entre as pessoas e países. As Nações Unidas, órgão internacional, bem que podia fazer jus o seu nome e buscar soluções, de preferência pacíficas, para conter o avanço dos conflitos sociais, provocados, na maioria das vezes, pela ganância e intolerância dos falsos líderes mundiais. Essa seria uma grande força, assim como o é a força do Papa Francisco e dos rotarianos, no mundo inteiro, que trabalham para colocar um freio nas ações maléficas, desumanas e anti-democráticas, que permeia o planeta terra. Não me atrevo a desejar e nem pedir que o Criador elimine a sua criatura e comece tudo de novo, com novo conceito de convivência entre os homens, os animais e a flora. O homem, embora não mereça, precisa de um novo caminho para seguir, em segurança.
Louvo o trabalho, as boas ações e as intensões de muitos que trabalham pela paz. Esses são os verdadeiros mensageiros da boa vontade e da boa convivência. A questão central, que deve incomodar as pessoas do bem, é o recrudescimento do ódio, da vingança e da ausência de Cristo, na vida do ser humano. Creio que passa da hora do homem repensar a sua vida, o seu papel social e o seu compromisso com o meio onde vive. Mesmo que conflite com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, jamais o homem deve agredir o meio ambiente, sob pena de está cavando a sua própria sepultura. O momento é de profunda reflexão antes de qualquer ação. A natureza e as futuras gerações, que depende da responsabilidade do homem no trato com o planeta terra, vão agradecer. É imperioso que haja a formação de uma consciência crítica mundial, que tenha o objetivo de mostrar ao homem que a terra e tudo que nela existe, não lhe pertence, é criação e propriedade do Criador. Assim sendo, pertence a todos, e não apenas alguns privilegiados.
Comecei este texto falando do mensageiro da paz. Aquele que se presta a servir, em busca da liberdade, do bem comum e da convivência pacífica, entre as pessoas e nações. É sabido que esta não é uma tarefa fácil. Porém, todos sabem, também, que este é um problema que precisa ser enfrentado de frente e com determinação. Nada na vida se consegue, honestamente, sem trabalho e muita luta, nem mesmo a própria vida. O que jamais deve prosperar na sociedade, é o egoísmo, o individualismo e a ausência de ética, em tudo que fazemos. Todos têm o direito de se valorizar e crescer, é natural e compreensível. Contudo, ninguém tem o direito de vencer e obter sucesso as custas da miséria dos outros. A vida, à medida que o tempo passa, está ficando menos valorizada e mais fragilizada diante do aumento da violência urbana. Infelizmente, tira-se a vida de qualquer pessoa, por motivos, fúteis e banais. Portanto, para construir uma sociedade mais humana, cada pessoa deve ouvir e praticar os ensinamentos do Criador e as orientações daqueles que vivem e pregam o amor. Seja pois, amigo, um vigilante de sua vida e um fomentador das boas práticas. Se assim proceder, pode até não mudar o mundo, mas vai contribuir para um mundo melhor. Aliás, creio também que agradará muito o Criador, que sempre espera o melhor de sua criatura. Seja pois, um mensageiro da paz, um defensor da liberdade e um presente para o mundo.
(Gercy Joaquim Camêlo, governador do Rotary International, Distrito 4530, Gestão 2012/2013)