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Marcos Pereira: de engraxate a ministro de Estado

Com uma simples pedra, o pequeno Davi venceu o gigante Golias durante o mais conhecido combate narrado pelas histórias bíblicas. A diferença era enorme. Só a cota de malha de bronze do guerreiro filisteu já atingia o peso do jovem. Porém, mesmo sem armadura e experiência alguma em batalhas, Davi se encheu de coragem e derrotou o bem treinado soldado mercenário, que desafiava o exército israelita.

Este é um notável exemplo de superação, que atesta a importância de todo cidadão acreditar no seu próprio sonho, desenvolver os seus talentos, ter coragem para enfrentar os medos, acreditar em si próprio e sempre buscar novos desafios.

Certamente a humildade, coragem e determinação de Davi serviram de inspiração para o advogado e bispo da Universal, Marcos Pereira que, aos 14 anos de idade trabalhava vendendo picolé e engraxando sapatos nas ruas da cidade capixaba de São Mateus, um dos municípios mais antigos do Brasil, fundado em 21 de setembro de 1544.

Filho de uma empregada doméstica, ele é natural de Linhares (ES), graduado em Direito pela Universidade Paulista com especialização em Direito e Processo Penal pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Estudou a vida toda em escola pública, e se formou aos 17 anos no ensino médio. Fez o curso profissionalizante de técnico em contabilidade e começou a trabalhar no escritório de contabilidade de um tio.

A partir de 1995, foi diretor administrativo e financeiro da TV Record do Rio de Janeiro, onde permaneceu até o final de 1999, quando assumiu a Rede Mulher de Televisão. Em 2003, tornou-se vice-presidente da Rede Record de Televisão. Nesse mesmo ano, tornou-se sócio da LM Consultoria, empresa de consultoria e auditoria nas áreas contábil e fiscal. Dez anos depois, deixou a LM Consultoria e fundou a Pereira, Moraes e Oliveira Sociedade de Advogados – hoje Marcos Pereira e Oliveira Sociedade de Advogados, onde atualmente é responsável pelo planejamento e condução das atividades.

Presidente nacional licenciado do PRB, o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio escolheu Goiás como o primeiro Estado a ser visitado, após a sua posse no cargo. Recebido na sede do Palácio da Indústria, no último dia 19, pelo governador Marconi Perillo, o presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira e dezenas de líderes classistas do setor produtivo goiano, Marcos Pereira demonstrou disposição para um trabalho conjunto, gestão integrada e diálogo permanente com todo o empresariado. A propósito, em reconhecimento entusiasta à grande transformação progressista implementada em Goiás, que serve de exemplo e esperança para o Brasil, em entrevista ao Diário da Manhã, publicada no último dia 23 de maio, o ministro lançou o nome do governador Marconi Perillo para uma candidatura à presidência da República.

Ele tem pela frente o maior desafio de sua vida pública, que é ser o timoneiro da retomada do desenvolvimento de um país que teve em 2015 uma queda de 3,8% no PIB, a pior desde 1990 e que enfrenta a mais longa série anual de retrocesso econômico de toda a sua existência.

A busca inspiradora baseada na impressionante determinação de Davi será fundamental, não apenas para Marcos Pereira, mas também para o presidente Michel Temer e toda a equipe ministerial, face à desastrada gestão anterior, que custou 1,6 trilhão de reais de prejuízo ao patrimônio geral do Brasil, desempregou mais de 11 milhões de brasileiros e levou a economia do nosso país ao fundo do poço.

Na reunião ocorrida na sede da Fieg, o ministro mostrou consciência acerca da dimensão gigantesca dos desafios, no entanto, expressou a convicção de que o governo Temer fará todos os esforços necessários para recuperar a confiança dos consumidores e empresários e, tirar a economia da recessão.

Para alcançar esses objetivos, a nova gestão precisa ter a coragem de Davi para fazer as reformas da Previdência – cujas despesas representam mais da metade dos gastos públicos – e Trabalhista – para simplificar o complexo e ineficiente sistema de tributos e desfazer distorções, que afetam gravemente a produtividade e o crescimento da economia. É essencial equilibrar e restaurar as contas públicas, reconstruir os fundamentos da economia brasileira e resgatar a credibilidade do Brasil interna e externamente.

O ministério comandado por Marcos Pereira terá todo o apoio e a confiança, não apenas da Fieg, mas de todas as demais federações e da CNI, para implementar projetos que contribuam para o crescimento do setor e a geração de empregos, bem como medidas de modernização, desburocratização e incentivo à inovação para que o setor de indústria, comércio e serviços destrave e ganhe competitividade.

(Antônio Almeida, vice-presidente da Fieg, conselheiro do Cores da Confederação Nacional da Indústria (CNI), presidente do Sindicato da Indústria Gráfica do Estado de Goiás (Sigego) e Abigraf/Regional Goiás, presidente de honra da Abraxp e diretor-presidente da Editora Kelps e do Ibraceds)

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