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PM goiana muda divisa de Goiás com Mato Grosso

Com criminalidade e a violência crescente atingindo todo o Estado de Goiás, em abril de 2012, o Governador Marconi Perillo, anunciou a criação do Comando de Operações de Divisas (COD), cuja finalidade destina-se a prevenir e combater os diversos crimes que tanto acobardam e põe a perder vidas, patrimônio e a tranquilidade da ordeira população goiana, o objetivo era “fechar” as divisas goianas principalmente contra o narcotráfico.

Na ocasião, critérios abstrusos e pouco racionais descartaram a cidade de Aragarças/GO que fica às margens do rio Araguaia, divisa com Mato Grosso de ser a sede de uma dessas bases e elegeram o município de Piranhas/GO, que dista mais de 80 quilômetros da divisa. Um agravante a isso é desconsiderar que a população aragarcense não somente padece pela maior exposição às possibilidades de contato com a violência, tráfico e delitos de fronteira, mas também pelo fato de ser um importante entroncamento rodoviário.

Deu-se um jeito, o mais bem pago funcionário público do município, o atual prefeito, dada a sua condição de “amigo pessoal” do governador, afirmou ter conseguido trazer para Aragarças uma das bases do COD. Desde então, a administração municipal providenciou a pintura do emblema da corporação na parte frontal do aeroporto local, lá ficou até a referida instalação ser convertida em espaço cultural. Em resumo, o COD não se instalou e o que nos resta é um quartel sem soldados.

Os burocratas de ambos os governos parecem desconsiderar o sofrimento da população de Aragarças. Parecem ignorar que o 2º maior produtor de maconha e 3º de cocaína do mundo, respectivamente, Paraguai e Bolívia estão bem ali, ao lado do Mato Grosso, e naturalmente nossa cidade é passagem de tráfico de drogas e de armas, descaminho e contrabando. Em suma, parece faltar às autoridades do governo estadual sensibilidade política e senso de inteligência policial. Ratoeiras não funcionam bem longe do queijo.

Não seria tal fato sinal do desprestígio político de nossas lideranças? Triste é constatar que isso reflete negativamente na qualidade de vida de todos os que aqui vivem ou simplesmente buscam a cidade como atrativo turístico ou mesmo em viagem de negócios ou familiar para o Vale do Araguaia.

Em conclusão, se algum dia vislumbramos Aragarças como a verdadeira Capital Goiana do Araguaia é melhor que aguardemos um pouco mais, amarremos nossa montaria à sombra e busquemos, construamos alternativas diferentes das existentes no cenário da política local e estadual. Esperamos e temos fé que essa próxima administração municipal venha a ter mais sorte nesta questão da segurança publica.

(Cláudio Vieira, gestor em Turismo. Aragarças/GO)

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