Falar, informar, deformar, desabafar
Distâncias se perdem, amigos se acham
Frases dramáticas, informações pelo fio universal
Celular, eterno objeto de comunicação moderna
Falar, enganar, levar uma mensagem ou decisão
Perdido ou achado entre nossos dedos,
Mãos aflitas digitam um número ou palavra final
Celular, engenho de nossa civilização:
Aproxima quem está longe e distancia quem está perto…
Saudades do Homem das Cavernas, calado e feliz!
Sutil aparelho de alcance mundial, meu bem e meu mal
Frases, fotos, senhas, sons de um tempo voraz
De repente a China fica ali na esquina
E todos ficam sabendo das novidades da medicina
Fala, nega, acusa, traduz mensagens e esperanças
Na ponta dos dedos um aparelho revolucionário,
Unindo o operário e o famoso empresário
Poucos números, muitas aplicações da tecnologia
Reinventar o verbo eletrônico, ser vital nos acidentes
Celular, o mal necessário de nossa civilização
Tatos, contos, mensagem teleguiada por fios
Símbolo de uma era, presente até na paquera
Dados precisos de um mundo impreciso
Comunicar, traçar, alcançar o mundo
Potente objeto de desejo, mandando abraços e beijos
O homem moderno não sabe viver sem ele,
Tudo passa pelos seus segredos, alcances, mensagens, recados.
Celular, sem medo de amar ou falar…
Com tantos fios no espaço talvez um dia o homem comunique:
“Deus, nossa mensagem chegou ao seu destino, o coração dos irmãos!!!”
Por favor tente de novo, aparelho desligado ou fora de moda.
(José Carlos Vieira, o Lela, escritor, jornalista, fotógrafo da Secretaria de Esportes de Rio Verde, E-mail lelabalela1@hotmail.com).