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OPINIÃO

“Alfacetas”

Al­guém pre­ci­sa avi­sar aos do­nos de res­tau­ran­tes de ori­gem por­tu­gue­sa em Go­i­â­nia - que an­dam pi­san­do de­mais no ace­le­ra­dor:

No mui­to fes­te­ja­do e qua­se tra­di­cio­nal "Bo­te­quim Mer­cat­to" - no Bu­e­no - uma pro­sai­ca fa­tia de aba­ca­xi bran­co com le­ve ras­pi­tas de li­mão - não era o de­li­cio­so Pé­ro­la, ple­a­se(!) - es­tão co­bran­do a ba­ga­te­la de R$ 15,90...

No tam­bém fre­quen­ta­do "Por­to Ca­ve" - no Ma­ris­ta - to­dos os pra­tos que le­vam ba­ca­lhau não vem com ar­roz - tu­do é co­bra­do à par­te...

Do pão que se ser­ve à me­sa...

Sem fa­lar nas igua­ri­as que es­tão pa­ra ho­ra da mor­te - nu­ma cri­se sem ta­ma­nho que es­ta­mos en­fren­tan­do....

Ou­tra coi­sa - so­men­te o pas­tel de Be­lém - es­tá dis­po­ní­vel co­mo so­bre­me­sa. Os ou­tros de­li­cio­sos itens da ter­ra ca­bra­li­na - tem que se en­co­men­dar com 24 ho­ras de an­te­ce­dên­cia. Po­de?

Se­rá que es­ta­mos em ple­no séc.XIX on­de te­mos to­do o tem­po do mun­do pa­ra fa­zer is­so?

Só po­de­ria ser de "pur­tu­guêi­iss" mes­mo!!!

Se­rá que é por cau­sa do me­do de so­brar itens pa­ra o dia se­guin­te e não po­der ser re­a­pro­vei­tá­dos???

Pois fa­ma de "can­gui­nhas" eles tem e mui­ta... kkkkkk

Co­mo os fran­ces­es e asi­á­ti­cos... pois o bra­si­lei­ro sem­pre dá um "je­tin­nho" - que tor­nou char­me e cul­tu­ra...

Meus ama­dos nem no cé­le­bre bair­ro do ul­tra ge­nu­í­no Al­fa­ma - em "Lis­bó­ti­ma" - co­me­te-se uma he­re­sia de "ca­re­sa" sem pa­râ­me­tro co­mo aqui...

Ali­ás - a mai­o­ria dos por­tu­gues­es tem co­mo fa­ma em ser "mãos fe­cha­das", mi­se­rá­veis e até usu­rá­rios.

Coi­sa que não com­bi­nam em hi­pó­te­se al­gu­ma com o es­ti­lo do bom go­i­a­no - on­de a far­tu­ra e ge­ne­ro­si­da­de al­can­ça os pri­mei­ros lu­ga­res...

No Mer­ca­do Cen­tral - por exem­plo - na ala das em­pa­das - úl­ti­ma sa­la à es­quer­da - es­tá o ma­ra­vi­lho­so Res­tau­ran­te da Mi­ri­am.

Mí­ni­mo - que de­ve-se ca­ber no má­xi­mo 12 pes­so­as sen­ta­das - co­mo se fos­se uma pri­mei­ra clas­se..

Ali co­me se di­vi­na­men­te bem.

On­de as sa­la­das, ver­du­ras co­zi­das e um sa­bo­ro­so ma­car­rão frio - são dis­pos­tos num buf­fet de gra­ni­to.

Os quen­tes "self ser­vi­ce", na pa­ne­la - à von­ta­de.

Pe­la quan­tia mais que ra­zo­á­vel de R$ 10,00 - dez re­ais.

No­ves fo­ra o ca­ri­nho ma­ter­nal da sua do­na - o bí­bli­co Mi­ri­am - que che­ga ao lo­cal às 04:00 da ma­ti­na - de se­gun­da a sá­ba­do - pa­ra pre­pa­rar so­zi­nha to­dos as sa­bo­ro­sos itens gas­tro­nô­mi­cos ali ser­vi­dos.

Co­mo igual­men­te o "Qui­tan­da Go­i­a­na" - que fi­ca na Rua 5, Cen­tro qua­se es­qui­na com a Go­i­ás - no tér­reo do edi­fí­cio Ni­co­lau Fe­res.

A sim­pá­ti­ca e pe­ri­ta Do­na Di­vi­na - vin­da de Car­mo do Rio Ver­de - es­tá ali há 35 anos - au­xi­li­a­da por du­as lin­das ne­tas na mai­or pres­te­za e ale­gria - ser­vin­do o que exis­te de mais sa­bo­ro­so en­tre bis­coi­tos - pão de quei­jo - ros­cas e bo­los de vá­rios ti­pos - tor­tas do­ces e sal­ga­das em fa­ti­as - por pre­ços de ca­ir no chão de tão ba­ra­tos.

Há ain­da me­sas na cal­ça­da pa­ra se re­fes­te­lar.

E ago­ra fi­cou me­lhor ain­da pa­ra es­ta­cio­nar ali pois o ver­du­rão ali do la­do ti­nha ma­nia de por qua­tro co­nes na via pú­bli­ca pa­ra er­ra­da­men­te mar­car seu ter­ri­tó­rio...

Só foi a bem in­for­ma­da e mui­to ta­rim­ba­da Su­e­li Aran­tes re­gis­trar no seu im­por­tan­te "Fio Di­re­to" - da­qui do nos­so DM - que tais in­cô­mo­dos su­mi­ram por en­can­to...

A pro­pó­si­to - vol­tan­do lá de ci­ma - se es­tes hor­rí­veis res­tau­ran­tes por­tu­gues­es - me­ti­dos à bes­ta de Go­i­â­nia - on­de mui­tos no­vos ri­cos acham lin­do pa­gar ca­ro pa­ra co­me­rem, - be­be­rem vi­nhos an­ti­pá­ti­cos com pre­ços nas al­tu­ras - so­bre­tu­do - pa­ra ve­rem e se­rem vis­tos...

Se­ria de bom al­vi­tre que re­pen­sem su­as exor­bi­tan­tes ta­be­las..

Ou se não - pe­gam a pró­xi­ma nau e de­sem­bar­cam - o mais bre­ve - pa­ra on­de saí­ram...

Pois não dá mais pa­ra aguen­tar tan­ta des­fa­ça­tez.

Até por­que no pi­que que o bra­vís­si­mo Go­ver­na­dor Mar­co­ni Pe­ril­lo vai - não se­ria no­vi­da­de fa­zer che­gar até aqui a fa­mo­sa hi­dro­via Ti­e­tê sei lá das quan­tas - pa­ra em­bar­ca­rem es­ses mes­qui­nhos por­tu­gues­es sem ei­ra nem bei­ra - que vem aqui com úni­co in­tui­to de nos ex­plo­ra­rem - co­mo se fos­sem ain­da o ran­ço­so Bra­sil Co­lô­nia...

Ali­ás, Pe­ro Vaz de Ca­mi­nha que o di­ga!!!

Ago­ra pa­ra os pre­gui­ço­sos que acham chi­que fre­quen­tar os ca­ré­si­mos do Bu­e­no - que ali­ás vi­rou es­tig­ma - pois tu­do de dis­pa­ra­te que exis­te em Go­i­â­nia es­tá amon­to­a­do na­que­le bair­ro - que nos di­ga as cons­tru­to­ras e in­cor­po­ra­do­ras da vi­da...

Exis­te lo­go ali - o be­lo go­i­a­no Pi­qui­ras e seus res­pec­ti­vos em­pó­rios - do Bou­gain­vil­le e do Flam­boyant - on­de se co­me di­vi­na­men­te bem a pre­ços bem ra­zo­á­veis - quan­do a gen­te po­de en­con­trar o fi­no da tra­di­ção da so­ci­e­da­de go­i­a­ni­en­se e apro­vei­tar fa­zer ma­ra­vi­lho­sas com­pras nos be­los shop­pings on­de es­tão an­co­ra­dos.

Que não fa­zem mal a nin­guém - pe­lo con­trá­rio.

Ali­men­ta-se o cor­po e al­ma!

Um ex­ce­len­te fim de se­ma­na a to­dos e não es­que­çam de ir à Mis­sa agra­de­cer a Deus por exis­tir e mo­rar nu­ma lin­da ca­pi­tal co­mo Go­i­â­nia - on­de a sim­pli­ci­da­de hos­pi­ta­li­da­de e so­bre­tu­do - a ho­nes­ti­da­de - fa­lam mais al­to...

(Jo­ta Ma­pe, jor­na­lis­ta)

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