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OPINIÃO

A Santa Casa está nos trilhos

Há quatro anos, assumi um dos maiores desafios da minha atuação como gestora da área da saúde: administrar a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. Não se tratava apenas de gerir, coordenar ou liderar uma grande instituição de saúde, mas de recuperar, resgatar a credibilidade e recolocar no eixo o maior hospital da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) do Centro-Oeste e uma referência histórica em assistência médico-hospitalar em Goiás.

Nossa Santa Casa encontrava-se ameaçada de interdição ética por falta de condições de bom atendimento à população. A escassez de materiais, medicamentos, equipamentos e outros insumos básicos e a insuficiência de recursos para sanar esses problemas também colocavam em risco a continuidade do funcionamento do hospital e de assistência a milhares de pessoas.

A situação era agravada pela insatisfação do corpo clínico com a precariedade da estrutura hospitalar e a dos colaboradores, que estavam com seus salários atrasados, férias vencidas, direitos trabalhistas desrespeitados e sequer tinham o recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço que era descontado mensalmente nos contracheques.

De um lado, tínhamos um hospital em condições extremamente precárias. De outro, milhares de pacientes SUS dependentes a espera de assistência.

Com fé em Deus, a confiança de meus superiores e o apoio de uma equipe muito capacitada, assumi o desafio de mudar esse quadro. Hoje, a nova Santa Casa mostra que conseguimos.

Temos um hospital em pleno funcionamento, com atendimento em praticamente todas as especialidades médicas, que vem enfrentando a pandemia já tendo conseguido salvar mais de mil vidas acometidas pela Covid-19, com a estrutura física recuperada, diretos trabalhistas resgatados, enfim, um hospital “nos trilhos”.

Não foi fácil. A mudança exigiu e ainda exige muito trabalho de toda a equipe.

Mas, como superintendente geral, tenho a honra de contar com o apoio de meus colegas superintendentes, dos médicos e dos colaboradores e, ainda, com a importante ajuda da sociedade civil organizada, do govenador do Estado, do prefeito da capital, de senadores, de deputados federais, de deputados estaduais e de vereadores de Goiânia, que entenderam o valor da Santa Casa e vêm destinando doações e recursos ao hospital.

Só tenho a dizer a todos: muito obrigada! Hoje, nossa Santa Casa está recuperada e tem muita estrada pela frente. Sigo no cargo de superintendente geral até 2025. Agradeço a confiança e que possamos caminhar juntos, cumprindo nossa missão, que é cuidar de quem precisa.

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