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OPINIÃO

Goiânia, tantos contrastes!

Percebe-se que no Brasil, ao longo de sua vasta história, vários cidadãos e cidadãs se destacaram em árduas lutas por uma sociedade que priorizasse justiça na acepção do termo. Além de solidariedade como realmente instrumento de ajuda mútua e, essencialmente, a verdadeira igualdade em todos aspectos, entre milhões de entes que coabitam no continental território brasileiro. Sabe-se que dentre esses inúmeros seres humanos diferenciados e aguerridos, brilhou a figura do político alagoano Teotônio Vilela (1917-1983). O qual, ferrenho defensor dos direitos humanos, da cidadania e da implantação da democracia plena por todos os cantos da pátria brasileira.

Certa vez, o notável cidadão nordestino em destaque disse: “a maior tragédia do Brasil não é a dívida externa e muito menos a interna, e sim, a avassaladora dívida social”. Essa memorável máxima foi dita há muitos anos e seu sentido prático permanece pulsando fortemente pelos dias presentes. Observa-se o significado tão relevante das palavras do nobre homem público evidenciado, encaixando feito luva na triste atualidade da cidade de Goiânia. Isto é, a capital de Goiás vem crescendo, evoluindo e desenvolvendo acima da média nacional em relação a vários e importantes aspectos de cunho privado, como: hotéis de alto padrão, centros comerciais esplendorosos, medicina de ponta, engenharia de primeiro mundo, confecções de elevada qualidade, gastronomia que agrada todos os gostos, dentre vários outros. Já pela vertente pública, infelizmente, o poder executivo municipal, que na teoria deveria ser o grande fomentador do desenvolvimento social, vem se mostrando letárgico para levar a hospitaleira e pujante coletividade goianiense rumo a futuro promissor com imensurável crescimento econômico, político e social. Situação esta, confirmada pelos descasos em relação ao básico que o chefe do poder executivo municipal deveria cuidar diuturnamente.

Ou seja, o que mais se vê nas regiões, principalmente, mais afastadas do centro da cidade, são: transporte coletivo bem aquém dos usuários, centros de saúde precários, logradouros públicos encardidos, diversas ruas e avenidas esburacadas, matagais que arrepiam os cabelos, inúmeras feiras livres sem sanitários químicos, quantidade insuficiente de CMEI’s, as intervenções no trânsito são ações de extremo amadorismo e falta de sensibilidade humana. E para piorar, a assistência social é largada à sua própria sorte. Pois, existe elevado número de pessoas vivendo sob os raios solares escaldantes e debaixo do intenso sereno das longas madrugadas frias. E mais, observam-se constantemente crianças, jovens e frágeis idosos perambulando desnorteadamente pelas ruas, avenidas, esquinas, semáforos e tantas outras circunstâncias que contrariam o mínimo de dignidade da pessoa humana. Por tudo que foi explicitado, é mais que necessário que o prefeito Rogério Cruz se sensibilize e proponha soluções eficazes e eficientes para os problemas de âmbito estritamente social. Visto que, lançar mão de tratamento carinhoso, cuidadoso, respeitoso e prioritário para com a preciosa existência humana é sinônimo de agente público que realmente se preocupa, se empenha em proporcionar o mais elevado bem-estar para toda a sociedade, essencialmente para as classes sociais menos favorecidas.

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