Home / Opinião

OPINIÃO

De excepcional significado a vitória de Lula

As circunstâncias de que se revestiam a vitória de Lula na eleição de domingo conferem ao seu triunfo um significado extremamente maior do que a sua expressão numérica. O seu adversário se alicerçou em insuperável corrupção. Utilizou-se dos mais abomináveis recursos para respaldar os seus intentos criminosos. Desde muitos meses atrás que o dinheiro da nação se viu utilizado por Bolsonaro a fim de atingir os seus propósitos. A inescrupulosidade bolsonariana destinou bilhões de reais das verbas públicas para a conquista de votos. Criou os mais diversos tipos de “auxílio” para conquistar eleitores: auxílio moradia, auxílio saúde, etc etc. Destinou muitos bilhões de reais para órgãos da imprensa venal que fizeram a sua campanha escancaradamente. Tivemos, enfim, o festival da corrupção bolsonariana. No entanto, dois e pouco por cento a mais que houvesse obtido a votação de Lula teríamos o seu triunfo já no primeiro turno.

Teremos um segundo turno tempestuoso porque o nosso eleitorado, infelizmente tem altos e baixos, sobretudo em razão de organizações ditas religiosas que exprimem deplorável ausência de formação ideológica e terrível inconsciência política. Mas vejo no panorama geral razões para otimismo em relação a vitória final de Luís Inácio Lula da Silva. Aos cinco milhões de votos de sua superioridade nas eleições de 2 de outubro se somarão cerca de 4 milhões de votos do eleitorado de Ciro Gomes e mais ou menos a mesma quantidade consequente da votação de Simone Tebet, embora tal avaliação não se revista de absoluta certeza mais resulta de um quadro com alguma tendência para tal pressuposição.

Um fato é absolutamente certo: o Brasil precisa livrar-se do mal do bolsonarismo. Trata-se do pior mal político, moral e administrativo da história do Brasil. Não é apenas o semianalfabetismo do presidente que impõe trágicas consequências ao Brasil. É a sua inescrupulosidade pessoal e familiar, o seus métodos anárquicos de exercer a chefia do governo, – função para qual não tem a mínima competência – é, igualmente o seu total desapreço para com a democracia, para com o regime democrático. Ele, Bolsonaro, é a negação de todos os valores que se exigem de um homem público.

Espera-se assim que o povo brasileiro neste segundo turno recoloque o Brasil naqueles trilhos que ele palmilhou nos dois governos Lula, período em que o Brasil teve excepcional desenvolvimento com o seu povo experimentando enormíssima melhoria do seu padrão de vida e plana respiração do regime democrático.

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias