“A Água”, a “Vagabunda”, o clitóris e o chuchu
Diário da Manhã
Publicado em 17 de outubro de 2016 às 21:50 | Atualizado há 9 anosEu acho que não sou tão idiota como pensam os “taizinhos” e, é lógico, insisto com um tema, um assunto, porque tenho um propósito específico. Foi assim nos vários capítulos da série “A Água”, aonde afirmei que ela não é incolor, insípida nem inodora, como nos foi ensinado nas escolas, porque toda a água tem a sua “identidade”, suas características de origem e adquiridas no percurso dos rios, com gostos e cheiros intrínsecos, que não são detectados por nós, existindo apenas uma pequena minoria de seres humanos capazes de sentir o gosto de algumas águas, enfim, somente com o auxílio de equipamentos de avançada tecnologia pode-se obter tais resultados e, o que penso ter sido mais engraçado, quando fui a campo para escrever a tal série, foi a imensa maioria das pessoas entrevistadas jurarem, insistirem, que nunca haviam defecado, ou cagado na água, para depois, ao lembrar-lhes do nosso compromisso diuturno com a privada, caírem na gargalhada. Mencionei, também, no tal artigo, que podemos até ver os nossos dejetos, os nossos cocos ou merdas, outrora abrigados em nossos interiores, centrifugando numa água límpida, potável, que poderia salvar a vida de pessoas que morreram de sede e, na mesma eira, na série sobre a “Vagabunda”, alcunha que escolhi para a mulher que assassinou o marido com a ajuda do filho, com quem mantinha relações sexuais, portanto uma vadia assassina e incestuosa, sim, alertei lá, que o seu rosto, ou melhor, a sua cara, está estampada em todas as notas, em todo o dinheiro ou cédulas brasileiras e cunhada na maioria das moedas de 1 Real e, “em sendo assim”, aquela esfinge da mulher com diversos nomes, entre eles Semiranes é a imagem, ou o rosto, mais visto no Brasil e, por incrível que pareça, quase todos os brasileiros, todas as pessoas, até aquelas que trabalham nos caixas manuseando dinheiro todo o tempo, durante toda a vida, não a conhecem e ficam surpreendidíssimas quando reparam-na pela primeira vez, não é incrível misericordioso leitor? É, certamente, o rosto mais visto, de modo subliminar, pelos brasileiros e é, também, indubitavelmente, esfinge de uma das “coisas” mais queridas, a saber: o dinheiro, embora o Papa Francisco disse que é um instrumento do diabo, entretanto, querem-na no bolso, bolsa, cofre, banco, debaixo do colchão e, tentando fazer jus ao título menciono sucintamente, para não acirrar os ânimos dos mais sensíveis, que eu roguei que os catedráticos evolucionistas parassem de pregar que o clitóris, ou clitoris – as duas formas são corretas – é um pênis atrofiado durante a evolução humana porque se o fizessem eu passaria a mencionar, semanalmente, aqui nesse matutino vanguardista, que o pênis é que é um clitóris desenvolvido de modo debilóide com uma cabeça sem cérebro que, lógico, não pensa e que, concomitamente, é muito mais difícil ser homem do que ser mulher. Claro que brinquei! Agora, fazia tempo que eu queria mencionar que, ao contrário do que o papai, Antônio Gonçalves Dias Filho (1933-83), brincava, e alguns dizem até hoje, o chuchu não tem só vitamina A, B e C, ou seja, água, bagaço e casca, ele também, como o tomate, é uma fruta e considerada a rainha das frutas pelos povos que habitavam na América Latina. Ele pode ser partido ao meio e só oxidará quinze dias depois. Pode ser plantado em qualquer terra e não requer adubação nenhuma. Aguenta intempéries e secas prolongadas e, até dizia-se das mulheres que gostavam de “ficar” que “davam mais que chuchu na cerca”, além de tudo, descibriu-se recentemente, o chuchu têm propriedades incríveis, substâncias de rejuvenescimento encontradas nos “ômegas”, enfim, vale a pena digitar chuchu na barra de pesquisa. Até.
(Henrique Dias, jornalista)