A arte da advocacia criminal
Diário da Manhã
Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 21:46 | Atualizado há 7 anos
No dia 2 de dezembro é comemorado o dia do advogado (a) criminalista, profissão árdua, que necessita de força, coragem, garra e muita perseverança. Costumo dizer que ser advogado é uma arte, mas ser criminalista é dom.
Verdadeira aplicação da justiça, constitucionalmente falando, a definição de crimes, a aplicação de penas, a subjetividade de temas, a explicação de fatos, enfim…
Tenho dito, a advocacia criminal é apaixonante, defender direitos, aplicar a lei, fazer justiça, transmitir conhecimento não tem preço. Além do mais, o advogado (a) criminalista é sonhador a sua meta é o combustível do dia a dia: o sonho do conhecimento, a atitude de ser melhor a cada minuto.
O foco, a coragem do criminalista é imbatível, o dom de se relacionar com pessoas é primordial, afinal em sua maioria são falantes, cheio de indagações e indomáveis. Sabe aquele tipo que não tem vergonha de nada, o aprendizado é contínuo.
O advogado (a) criminalista está sempre atualizado, buscando conhecimento, se aprimorando com cursos de atualização jurídicas, especializações, mestrados e leituras diárias. A leitura é companheira indispensável.
Não importa o quão difícil esteja sua vida pessoal, como advogado criminalista nada pode abalar. A profissão do (a) criminalista não tem segunda opção, o amor é incondicional.
A conduta de vida é reflexo na profissão a humildade e a resiliência andam juntas para o sucesso, afinal, ninguém nasce sabendo, e uma das virtudes da vida é saber adquirir conhecimento.
E uma das principais lutas do advogado(a) criminalista é o pensamento do senso comum, o discurso do ódio, da violência, da punição, não se coloca em pauta. A defesa dos direitos e a técnica jurídica é o que se justifica.
Entre todos os percalços, a advocacia criminal é maravilhosa, é deslumbrante, é fascinante… está no sangue ser advogado (a) criminalista. Parabéns a todos e todas.
Finalizo o artigo com a seguinte reflexão: “Advogado criminal não defende bandido; defende, pois é seu dever, o Direito e a Justiça. Está a serviço da aplicação da Lei. E mais: todos têm direito a uma defesa e recai sobre os ombros do advogado criminal esta árdua e honrosa tarefa. Demonizar o advogado criminal é demonizar o alicerce do Estado Democrático de Direito” (Wagner Francesco).
(Lorena Ayres, advogada, especialista em Direito Público e Criminal (presidente da Comissão de Direitos Humanos da Abracrim-GO, vice-presidente da Comissão de Direito Criminal e Políticas Públicas OAB/GO subseção Aparecida de Goiânia), articulista e comendadora)