Opinião

A criança índigo e suas revelações

Redação DM

Publicado em 22 de maio de 2016 às 01:45 | Atualizado há 9 anos

Segundo a psicóloga e professora da USP Valdeniza Sire Savino, as crianças índigo, assim  chamadas por causa da tonalidade azul de sua aura, estão chegando como “pioneiras, desbravadoras, agentes de transformação, que provocarão, por meio de suas atitudes, mudanças em todos os setores da sociedade”. O primeiro estudo a mencionar esse padrão de comportamento das crianças índigo, foi objeto do livro da parapsicóloga americana Nancy Ann Tappe, “Entendendo sua Vida Através da Cor”, lançado pela Butterfly no Brasil em 1982. Os conferencistas Lee Carroll e Jan Tober tornaram-se os principais divulgadores desse fascinante tema que tem chamado a atenção de estudiosos e pesquisadores em vários  países ao redor do mundo.

Por sua vez, consultando os principais especialistas nessa área, o escritor Emílio Vieira, da Academia Goiana de Letras e professor emérito da Universidade Federal de Goiás, elaborou vários textos que foram publicados pelo Diário da Manhã entre fevereiro e agosto de 2015, resultando na formação do livro A Criança Indigo e suas revelações, sendo que a honra da apresentação desse relevante estudo cabe a este modesto articulista, em lançamento promovido em Goiânia, neste dia 22, na Irradiação Espírita Cristã.

 

Palavras de Batista Custódio

Para maior clareza sobre o nascimento dessa obra, transcrevo a seguir o texto de orelha do livro, pelo editor geral do Diário da Manhã, jornalista Batista Custódio, conforme se segue:

“Segundo Emílio Vieira, o ser humano tem pelo menos três identidades: cósmica, genética e cultural. Ou seja, é parte de um todo universal, provém de uma herança familiar e depende de um quadro de valor para definir seu perfil social. Isso fica bem claro quando deparamos com as crianças índigo de hoje, vendo que são intuitivas e conectadas no além, têm um DNA supercapacitado e são superdotadas, donas de uma forte individualidade que se impõe socialmente, insurgindo-se contra um mundo de falsos emblemas e de estruturas decadentes.

Com base em estudos especializados, o autor deste trabalho descreve as características gerais e especificas dos quatro tipos de crianças índigo definidos pela parapsicóloga americana Nancy Ann Tappe – humanistas, conceituais, artistas e interdimensionais – e apresenta, este intérprete, alternativas educacionais a serem adotadas para o desenvolvimento de suas potencialidades múltiplas, que se bem direcionadas, gerariam retornos multiplicados à sociedade do futuro.

O Diário da Manhã, sempre voltado para a construção de uma nova consciência social, publicou, de antemão, inclusive via online (www.dm.com.br), os artigos do seu colaborador Emílio Vieira, que resultaram na formação deste livro, agora impresso em edição consorciada com a Editora Kelps. É obra de leitura indispensável aos pais e educadores, aos agentes sociais e aos estudiosos em geral de psicologia aplicada à infância e juventude”.

 

Revelações de uma criança índigo

Trata-se da primeira publicação goiana voltada para esse tema e o primeiro a autor a analisar, de forma sistemática, os pontos de vista dos principais estudiosos sobre o assunto, o que o credencia como uma bússola para pedagogos, psicólogos e, principalmente, para pais e educadores.

Assim como Lee Carroll e Jan Tober em seu livro Índigos – histórias e revelações de uma nova geração confessam que “nosso trabalho é meramente divulgar o que vimos e aprendemos sobre os índigos”, Emílio Vieira ilustra sua obra “A criança índigo e suas revelações” com fragmentos de sua própria vivência em interação com uma criança índigo.

O trabalho de Emílio Vieira está dividido e formatado em cinco partes. Na última parte, o autor explicita e legitima sua ligação com uma criança índigo de sua convivência: “Não resta dúvida de que as revelações de Maria Eduarda (que escolheu este autor para seu avô a fim de acompanhá-la em sua nova escalada existencial), identificam-na com esse grupo de crianças (índigos) cujos traços já verificamos nos recortes extraídos do livro em referência”.

A título de ilustração, esclarece que Maria Eduarda não conhecera pessoalmente sua bisavó (mãe do autor). No entanto, segundo ele, ao ver pela primeira vez a foto de sua Mãezinha (como ele a chama carinhosamente), teve uma reação surpreendente: alternando olhares entre a imagem (em fotografia) e o rosto do avô, como se ali estivesse identificando o elo que os liga. Com o passar do tempo e já articulando as primeiras palavras, a criança continuou surpreendendo. De vez em quando chamava a atenção de alguém para a presença de Mãezinha no ambiente, visível apenas a ela mesma. Esta é uma característica especial da intuição mediúnica dessas crianças, que têm visões de anjos, brincam com os espíritos, lembram-se de quem foi o pai. – “Você não é minha mãe. Minha mãe era fulana”.

 

Um episódio interessante

Entre os testemunhos de Lee Carroll e Jan Tober, selecionados por Emilio Vieira, vejamos um recorte sobre o índigo e suas diferentes dimensões, num depoimento de Renee Weddle sobre seus filhos índigos, Jesse e Mattea:

“Algum tempo depois ele disse que não achava que seu nome devia ser Jesse Em sua vida anterior ele se chamava Thomas! Para nós, que estamos acostumados com o jeito tranqüilo de Jesse, Mattea foi uma grande surpresa! Quando tinha três ou quatro anos, me perguntou se eu sabia por que ela tinha me escolhido para ser sua mãe. Mattea disse: – eu vim para ensiná-la a ser menos séria e mais engraçadas”.

Neste caso depreende-se que a mãe (educadora) é também educanda, enquanto a filha (educanda) é, ao mesmo tempo, educadora. Ora, a melhor forma de se educarem mutuamente mãe e filhos é pela via do amor, como defende Pestalozzi, ao afirmar que “a base da educação é o amor”. Por conseqüência, a melhor escola é o lar.

A revelação mais clara que este escriba também teve do comportamento de uma criança índigo, no caso em foco, surgiu de forma inesperada em um cenário no mínimo inusitado:

Um conhecido jornalista goiano entrevistava um consultor cearense, especialista em tecnologia social, sobre como direcionar o comportamento coletivo para a construção de uma nova mentalidade, a cultura da cooperação. Tudo transcorria muito bem, até o momento em que o equipamento do entrevistador enguiçou. Os dois homens são intelectuais renomados, advogados, filósofos, escritores e professores universitários com formação em academias européias. Com todo esse cabedal, no entanto, por mais que tentassem não conseguiam consertar a inesperada pane que afetara o pequeno aparelho. Foi quando, de forma abrupta, entrou correndo no ambiente uma menininha segurando uma boneca. Sem cumprimentar os presentes, pegou um pirulito sobre uma mesa e, na mesma velocidade com que chegou saíra, quando o jornalista a interrompeu indagando-lhe se ela podia ajudar a encontrar a solução para o problema. A criança, de apenas seis anos de idade, cursando a alfabetização, nem esperou o final da pergunta. Pôs o pirulito na boca e, com o dedinho indicador pressionou, com incrível rapidez, algum ponto do aparelho que de imediato voltou a funcionar. Essa criança é Maria Eduarda, neta de Emílio Vieira, o entrevistador. O entrevistado é este articulista.

 

Da dimensão artística

As crianças índigo têm consciência de quem são. Muito inteligentes e sensíveis, elas estranham a incoerência dos adultos ou a dificuldade que eles têm para entender o que a elas parece lógico. Maria Eduarda, que adora pintar e desenhar, tinha terminado de fazer um dos seus desenhos, a que deu o nome de “casa maravilhosa”. Quando o avô Emílio pediu-lhe para que explicasse esse seu novo “projeto arquitetônico”, ela respondeu, perguntando: “Tenho que explicar o desenho que eu desenho?” E, quando ele, com espírito de crítico de arte, quis saber o que representava um segundo desenho ao lado do primeiro, ela explicou-lhe: “Ora, é um coelho comendo cenoura com o celular ligado”. Ela poderia até acrescentar: as pessoas grandes nunca vêem o óbvio.

Na verdade, é necessário dialogar sempre com elas, demonstrar interesse por suas coisas, ter autenticidade, primar pela verdade, conviver e, acima de tudo amá-las. Dotadas que são de alto grau de intuição e muita sensibilidade, elas sempre percebem as intenções e até mesmo as limitações dos adultos. Temos muito a aprender com elas, como adverte o autor da obra em referência.

 

(Cícero Sousa, escritor e conferencista, advogado e consultor técnico do Sebrae)

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