A hora da mudança
Redação DM
Publicado em 16 de agosto de 2018 às 22:36 | Atualizado há 7 anos
Dizem que política, religião e futebol não se discutem. Concordo em parte. Continuo religioso e na expectativa do hexa. Porém, a política carece de mais discussão. E talvez pelo fato da maioria não querer discutir, nosso país chegou na mais profunda crise ideológica e moral da história. Se não participamos do processo, o processo decide por nós e nem sempre suas decisões nos agradam.
Vivemos em meio à política. A eleição para o diretor da escola, do síndico do condomínio, quem vai nos representar no conselho de classe ou no grêmio estudantil. Desde crianças, somos expostos sem entender muito bem, a decisões coletivas em prol do bem comum e da melhor representação.
Porém, aqueles que nos acostumamos a escolher por mais de uma vez estão nos decepcionando. E a experiência mostra que com poucas exceções, quanto mais tempo no poder, mais tempo para desvirtuar do que é correto. Desde as últimas eleições, tem havido um clamor generalizado por mudanças. Mudanças de situações e de caras. O impeachment de uma presidente, a prisão de um ex-presidente e o desmantelamento de organizações criminosas que se apoderaram do patrimônio público abrem um novo tempo de esperança.
O jovem, até então ignorado, se tornou a esperança de uma nova política alicerçada no engajamento, conversas produtivas e força de vontade. Se antes a experiência contava, a mesma se mostrou uma arma poderosa para fazer o que é errado. Então, não podemos desacreditar do jovem na política. Pelo contrário, tenho plena confiança de que podemos ser a mudança que o país tanto almeja.
Estamos próximos de mais um pleito eleitoral. Talvez o mais aguardado de toda a história democrática de nossa nação. Neste ano, teremos a oportunidade de fazer diferente. Votar diferente. Escolher pessoas diferentes. Se o tradicional não nos inspira, depositemos nosso voto de confiança nos jovens que vivenciaram a época mais podre dos governantes e que estão ansiosos pela oportunidade de mudar.
Se o direito e dever constitucional de votar nos são garantido aos 16 anos, também devemos encarar o dever de enfrentar as mazelas e promover melhoras. Afinal, o que vivemos hoje foi explicado pelo filósofo Platão há centenas de anos: “O preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior”. Chega de inferioridade. A hora de mudar é agora.
(Renan Lobo, graduando em Direito, presidente da Juventude do Pros em Goiás e pré-candidato a deputado estadual)