Opinião

A importância e a necessidade do voto consciente do brasileiro

Diário da Manhã

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 03:54 | Atualizado há 7 anos

Vivemos tempos nefrálgicos em nosso país, decorrentes da falta de conhecimento político e de consciência do povo bra­sileiro na hora de comparecer às urnas. Não raras vezes, se­quer lembramos em quem vo­tamos no último pleito eleitoral. A amnésia eleitoral é decorrente da nossa falta de comprometi­mento com a sociedade.

Eis que preferimos não atrair a responsabilidade do maldado voto e das consequências que este traz para a sociedade. Mas cumprir promessas, atualmen­te, não é nossa pior mazela. A pior delas é a falta de respeito, de ética, e principalmente de dig­nidade, com que os nossos es­colhidos têm trabalhado a admi­nistração do dinheiro público.

O que estamos vivenciando hoje é a consequência do voto dado sem qualquer critério e sem a análise do histórico po­lítico deste candidato.

Portanto, não se duvida que tudo o que estamos vendo na te­levisão e que nos revolta todas as manhãs diante do noticiário na­cional é resultado das nossas es­colhas. Estes políticos não esta­riam agindo da forma que agem senão fosse pelo nosso voto. Pra­ticamente assinamos uma pro­curação em branco e outorga­mos a eles todos os poderes de fazer e desfazer, em total desa­cordo com o que esperamos de pessoas honestas e probas.

Com efeito, diante de tan­tos escândalos e da evidência de inúmeros desvios de com­portamento, infelizmente o que vemprevalecendoéo jogodepo­der. Referido jogo pode ter seu final decretado e sepultado se o eleitor brasileiro tiver a consciência de que o seu di­reito ao voto tem valor e que dele todos nós colhemos as consequências.

Fato é que devemos dili­genciar e fiscalizar cotidiana­mente a trajetória dos nossos escolhidos, como também, antes mesmo de votar, de­vemos analisar a trajetória de vida deste candidato, me­lhor dizendo, se o mesmo é ou não ficha limpa. Estamos fartos de sermos enganados, de não termos uma educa­ção satisfatória, um atendi­mento digno na rede públi­ca de saúde e um transporte público eficiente.

Neste cenário é certo que a crise é, antes de mais nada, uma oportunidade de mu­dança, ocasião em que o povo brasileiro precisa se unir e colocar nas cadeiras públicas pessoas honestas, dignas e comprometidas como seu semelhante – e não consigo mesmo e com seus comparsas de golpe.

Assim, de extrema impor­tância que saiamos do nos­so casulo, da nossa zona de conforto, pois precisamos ter a consciência de que o resul­tado de uma escolha malfei­ta é o quadro de crise moral e ética que visualizamos hoje ao nosso redor e que tanto nos envergonha e entristece.

As eleições de 2018 es­tão chegando. A hora é esta, a mudança virá pela im­portância e consciência que depositaremos no voto daquele candidato que foi previamente analisado e pesado pelo eleitor.

Nailton Oliveira, advoga­do, ex-prefeito de Bom Jar­dim de Goiás e diretor ad­ministrativo/financeiro da Comurg

 


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