A “mente” mente, o presente não existe – segunda parte
Redação DM
Publicado em 20 de março de 2018 às 01:18 | Atualizado há 7 anosA compreensão, desta “segunda parte”, não requer a leitura da primeira que, lógico, está disponível no site deste “matutino vanguardista”, no inigualável e premiado caderno OpiniãoPública, sob a tutela da talentosa jornalista Meyrithania Michelly, ou, no “oráculo do novo milênio”, o Google. Neste, lá na “barra”, basta digitar o título, sem digitar, ou seja, complementar, com “primeira parte” porque o escrevinhador não pensava escrever uma segunda, nem lhe passava pela “mente”, entretanto, todavia, algumas ocorrências fizeram-no prometer, aos amigos, que faria um segundo capítulo, segunda parte, então, eis-me aqui.
Parece até mentira, mas, é verdade, sério, toda a vez, todas mesmo, que eu, ou um amigo, do lado, que leu o artigo, comentamos sobre ele, quando terminamos de pronunciar o título, sempre, invariavelmente, aparece alguém para falar, quase sempre em tom jocoso, debochado: “Como a mente mente e o presente não existe, o presente é o agora”. Ora, ora, ora, aonde, ou, onde está o tal de agora? Sempre aparece um para dizer que o agora é o agora e, ontem, o Willian e o Jean, não se contiveram e bradaram várias e várias vezes que “O agora não existe”.
Mencionei lá, na tal de “primeira parte”, que o nosso idioma, a “língua” que falamos, com a ajuda das nossas línguas, – segundo o apóstolo Paulo, que escreveu quatorze livros da Bíblia, um dos órgãos mais poderosos do nosso corpo, inclusive comparou-a a um palito de fósforo que, embora pequenino, pode incendiar toda uma floresta com grossos troncos – língua, ou, melhor, idioma considerado, por inúmeros catedráticos, como o mais rico e complexo do planeta, já trata de denominar, “chamar” o nosso “organismo” mental de “mente” porque uma das suas principais funções é mentir, sim, a “mente mente”, mente para nos proteger, outras vezes, para adequar o mundo exterior ao nosso mundo interior, equacionando, consciente e inconscientemente, as “coisas”, os objetos, as pessoas, até o passado, de acordo com as nossas perspectivas, ideologias, crenças, as nossas idiossincrasias. Vou transcrever, para finalizar, a parte final da tal de “primeira parte”, publicada dia 11 de fevereiro, ei-la:
“… persistimos, inconscientemente, incrivelmente, instintivamente, inexoravelmente, durante todas as nossas vidas – de, no máximo, míseros 100 aninhos, ou seja, 1.200 meses – achando que o nosso mundo e a nossa vida, os nossos pensamentos e atos, são nossos, todavia, entretanto, apesar disso tudo, de todos os processos mentais e, pior, o blábláblá do escrevinhador, o que ele acha, ou, deixa de achar, a verdade, verdadeira, é que a vida é um fenômeno maravilhoso, um verdadeiro “presente” e, se houver, mesmo, de fato, a eternidade, o “presente eterno”, espero, anseio, estejamos “presentes”. Até.
(Henrique Gonçalves Dias, jornalista)