Opinião

A mulher como protagonista política

Redação DM

Publicado em 9 de março de 2016 às 00:50 | Atualizado há 9 anos

No mês que comemoramos o dia internacional da mulher, somos levados a reflexões sobre o papel da mulher na sociedade e principalmente na política.
As mulheres conquistaram espaço em várias áreas, nas diversas profissões, sendo professoras, médicas, policiais, taxistas, odontólogas, empresárias e diversas outras. Todavia, há o desafio de conciliar a vida profissional com os afazeres domésticos, a maternidade e a educação dos filhos.
As mudanças não aconteceram de uma hora para outra e são resultados de muita luta em busca de igualdade, em uma sociedade paternalista e discriminatória. Hoje a mulher moderna continua em busca de igualdade e valorização, contra o machismo, a violência, a renda menor em comparação aos salários pagos aos homens, a falta de creches para as mães com ganhos menores e que precisam deixar os filhos e ir a luta pelo pão de cada dia, além disso, necessitam gerir o estresse do dia a dia.
No caso da violência, que assola muitas mulheres, houve avanços com a Lei Maria da Penha, representando um resgate de liberdade feminina, na qual garante respaldo às vítimas de agressões física, psicológica e sexual. É lamentável, que essa situação ainda seja gritante, levando muitas a perder a vida, de forma desumana e brutal.
E na política, não é diferente. Conquistamos o direito ao voto em 1932, mas não houve avanços significativos quanto à participação e presença no cenário político. Somos a maioria das eleitoras, representando 52%, entretanto ocupamos, apenas, em torno de 9% das vagas eletivos. Temos a legislação que define que 30% das candidaturas sejam preenchidas por mulheres, porém a realidade ainda está longe do ideal.
Por outro lado, os partidos políticos chamam mulheres apenas para preencher quotas e não há incentivo à participação, trabalho efetivo que leve ao envolvimento real e verdadeiro, e com isso a maioria continua indiferente, pensando que política é coisa reservada aos homens e mesmo àquelas mulheres que exercem cargos eletivos, muitas foram eleitas devido ao peso do nome do marido, pai, ou força de um homem conhecido.
Portanto, embora tenhamos um quadro de avanços e conquistas, o desafio é continuar lutando por dias melhores e mudanças, principalmente por parte dos homens que insistem em agir como possuidores e dominadores; que mais mulheres ocupem posições de destaque e tenham condições de ter uma carreira pela competência; que as mães tenham tranquilidade ao sair para o trabalho, deixando sus filhos em segurança; e na política, que a participação seja de forma espontânea e tenhamos espaço para lutar por uma sociedade mais justa e igualitária.

(Meirinalva Maria Pinto é porta-voz estadual da Rede Sustentabilidade – GO.)

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