Ainda falta reconhecimento
Diário da Manhã
Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 00:34 | Atualizado há 7 anosO mês de janeiro celebra o Dia do Farmacêutico, que se destaca por reunir em sua trajetória, o que somente as grandes profissões conseguem ao longo do tempo: a tradição e a confiança.
A data é comemorada desde 1942 e remete à fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF) em 1916, sendo oficialmente reconhecida em 2007 através de uma publicação do Conselho Federal de Farmácia.
Atualmente regulamentada no país, o exercício da profissão exige, além do diploma de bacharel em Farmácia, a obtenção de um registro no Conselho Regional de Farmácia (CRF) do estado aonde o profissional deseja atuar.
Para defender a categoria, o Sindicato dos Farmacêuticos atua como se fosse um “Porta-Voz”, perante órgãos, entidades a fim de dar cobertura legal e garantir os direitos de nossa classe perante aqueles que exploram nossa atividade. Sem o Sindicato, os farmacêuticos perdem força e organização nos seus pleitos, para cumprimento das normas coletivas e determinações legais, bem como para melhoria das condições de trabalho, e a garantia de estarem sendo amparados e representados pela entidade, que visa apenas o atendimento e defesa de suas necessidades.
Os reajustes e a ampliação dos direitos previstos nas convenções coletivas de trabalho são conquistas do Sindicato dos Farmacêuticos, que em diversas situações organiza e mobiliza os farmacêuticos, esclarece sobre suas lutas, realiza greves, apresenta propostas, negocia e consegue bons acordos. O Sindicato ainda traz aos seus filiados uma série de benefícios, como descontos em convênios, hotéis, cinemas e restaurantes para o lazer do trabalhador e seus familiares.
Ao homenagear os farmacêuticos nessa importante data, infelizmente, é preciso lembrar que o reconhecimento que merecemos ainda está distante de ser alcançado. Enfrentamos, diariamente, desafios que, muitas vezes, nos fazem desanimar. No entanto, são estes desafios que nos colocam numa situação de luta e enfrentamento dos problemas. Cada passo que damos e cada conquista que alcançamos devem ser celebrados. E é este espírito de luta e responsabilidade que desejamos evocar neste Dia do Farmacêutico, em nome da valorização da profissão e do trabalho farmacêutico.
Acredito que para o Sindicato dos Farmacêuticos a luta por melhores condições de trabalho é transversal a todas as outras, pois, não é possível falar de assistência farmacêutica de qualidade, ou implantação dos serviços farmacêuticos, por exemplo, sem condições dignas de trabalho.
A farmácia não pode ser encarada como um comércio comum. O farmacêutico não pode ser visto como um custo empresarial, mas como uma figura estratégica para que a farmácia funcione de fato como estabelecimento de saúde.
(Lorena Baía de Oliveira Alencar. Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Goias)