Opinião

Análise mundial e tendências de mercado para 2017

Diário da Manhã

Publicado em 17 de dezembro de 2016 às 02:14 | Atualizado há 8 anos

O ano de 2017 não será um ano fácil a nível de tomada decisões e estratégias por parte do setor empresarial e dos investidores,uma vez que os catalisadores dos negócios internacionais,estabilidade geopolítica,liberalização do comércio ,investimento e democratização encontram-se em verdadeira metamorfose,ou até mesmo em estado de erosão.Dessa forma,observa-se que o quadro comercial entre governo,setor privado e entidades não estatais vem tornando-se cada vez mais complexo.Analisando os aspectos e tendências mundiais,nota-se que a eleição de Donald Trump que o elegeu como presidente dos EUA e o Brexit que promoveu a saída do Reino Unido da União Européia constituem grandes fontes de incertezas e inseguranças para os empresários e investidores de uma forma geral,principalmente nos momentos de tomada de decisões e definições de estratégias de mercado.Aliado a esse fato,com Trump na presidência dos EUA,poderá ocorrer uma transformação no ambiente regulatório global com uma possível saída deste país do acordo de Paris que dispõe sobre o clima e as leis que regulam o mercado financeiro norte-americano.Tal acontecimento poderá acarretar um “efeito dominó” mundial,uma vez que existe a supremacia capitalista norte americana que exerce influência sobre os mercados mundiais.Essa situação,caso ocorra,poderá afetar o setor empresarial global,bem como seus investidores gerais em momentos de tomada de decisões a nível de investimentos e expansão de seus mercados.A Cibersegurança também contribuirá para a elevação dos custos das empresas,uma vez que 2017 será marcado pelas regulações legais conflitantes sobre ataques de hackers e segurança nacional.Assim sendo,as empresas serão forçadas a armazenar seus dados e informações em servidores próprios,o que promoverá um aumento nos custos de produção,e tal acontecimento poderá atrapalhar o comércio online.Os ataques terroristas também influenciarão o setor empresarial e os investidores em suas tomadas de decisões,pois uma provável derrota do Estado Islâmico na Síria e no Iraque provocará um êxodo de terroristas mundo afora e essa situação promove dificuldades para os empresários,uma vez que as empresas terão que planejar com eficiência e eficácia suas expansões e implantações em determinados países,usando o “Big data” para solucionar questões relacionadas à segurança física de suas instalações,funcionários e clientes.Toda essa manobra aumenta e onera os custos de produção para as empresas.O ano de 2017 deve marcar também um aumento da disputa entre China e países vizinhos,e dessa forma,EUA e Rússia devem aumentar suas presenças no espaço aéreo europeu e nos mares Mediterrâneo e Negro,com o objetivo de preservar suas posições na Síria e Crimeia.Essa estratégia militar acarreta instabilidade e insegurança empresarial e nas bolsas de valores mundiais,muitas vezes retardando ou mesmo abortando novos investimentos e expansões empresariais.Analisando todo este cenário e tendências macroeconômicas internacionais,como consequência,os mercados mais vulneráveis como o Brasil, deverão adotar posturas mais defensivas denominadas pelo mercado de “conchas”,ou seja, o setor empresarial e os investidores focarão em seus negócios e em mercados principais conhecidos como “core business”.Dessa forma, conclui-se mais uma vez que a retomada econômica no Brasil ainda está longe,pois uma vez que a economia encontra-se em recessão e fragilizada ,qualquer acontecimento que cause insegurança mundial produzirá um feito negativo impactante na mesma.O ano que se inicia,2017,será um ano de “arrumação da casa” ainda, e “quiçá” os anos vindouros também!O processo de recuperação econômica é lento e tem que ser realizado “passo a passo”,porém é preciso e imprescindível ir adiante!

 

(Greice Guerra Fernandes-Economista/Analista de mercado)

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