Anos é uma palavra feia?
Redação DM
Publicado em 13 de agosto de 2018 às 23:03 | Atualizado há 7 anos
Antes de tentar fazer jus ao título gostaria, apenas, de mencionar que o cantor Roberto Leal bateu o pé, bateu o pé e, agora, naturalizado brasileiro sonha ser deputado federal. O “Tiririca” parece que vai para o terceiro mandato e, desculpe-me a curiosidade, o misericordioso leitor tem alguma notícia sobre as suas duas atuações, alguma lei ou, projeto do “Vosso Excelentíssimo” e excelente cômico? Pois não é que ambos, de lugares tão distantes do “Estado de São Paulo”… credo, chega, eu havia prometido parar de “falar” sobre política na época das eleições, afinal, devo tentar fazer jus ao título, então, vou aproveitar o ensejo, como diziam antigamente, para finalizar este primeiro parágrafo, afinal, sempre me lembro das recomendações dos mestres que ensinam que os parágrafos, principalmente o primeiro, não deve ser extenso, então, afinal, depois de todo esse lengalenga – dois amigos falaram – eu espero que brincando – que as retóricas, os rodeios são tantos, que já caracterizam patologia, que eu devo procurar um psicólogo ou psiquiatra – eis o tal do segundo parágrafo:
Pediram-me que eu contasse, novamente, algo que ocorreu no ano retrasado, quando o meu filho, o Antônio, completou 23 anos. Ele mora em São Paulo, Capital. Liguei e depois dos salamaleques disse-lhe:
“Filho você está fazendo 23 anos, aos 43 anos a pessoa está velha?”.
“Velha não pai, o senhor têm 57 e está bem”.
“Por favor, Antonio não enrole”.
“É pai, já tá meio usado”.
Rimos muito do “meio usado”, depois prossegui dizendo-lhe:
“Então filho, nós temos que parar de usar a medida “anos”, ela faz a gente lembrar até daquele órgão que Deus tratou de colocar atrás do nosso corpo, escondidinho bem no meio do nosso bumbum, para nem ser visto, então filho, os meus amigos gostaram e pediram para eu escrever sobre isto, que deveríamos começar a medir o tempo com os “meses”, não com “anos”, quer dizer, daqui a 240 meses você fará 43 anos”.
Fiz uma pequena pausa e prossegui:
“Multiplique por 4 e você verá que 20 anos têm, arredondando, 1.000 semanas. Aproveite bem o tempo filho, mais uma vez, parabéns!”.
O misericordioso leitor assíduo sabe o quanto venho insistindo, repetindo que o Presente não existe, não existe intervalo nenhum entre o Passado e o Futuro, inclusive, o artigo sob o título: “A “mente” mente, o Presente não existe”, lógico, disponível no site deste matutino vanguardista e em primeiro lugar no Google – o oráculo do novo milênio – desde o “mês” de “fevereiro”, portanto, já que o presente não existe, um Século tem, apenas, 1.200 meses, vamos parar de ficar falando a mesma coisa – para não falar outra coisa – nas festas de final de ano, que o ano passou rápido, que voou, enfim, o ano têm apenas 51 semanas tem que “passar” rápido mesmo e, por falar em dezembro, no próximo artigo poderíamos considerar a razão pela qual o mês de “dez-embro”, começando com “dez” é mês “doze”, o mês de “nove-mbro” começando com “nove” é mês “onze”, o mês de “sete-mbro”, começando com “sete” é mês “nove”, que tal? Até!
(Henrique Gonçalves Dias, jornalista)