Opinião

Aprendendo a autorrealizar-se

Redação DM

Publicado em 21 de abril de 2016 às 01:46 | Atualizado há 9 anos

Desaprendemos a habilidade de ouvir e permanecer no silêncio, pois são tantas as distrações e ruídos que não sabemos mais silenciar, e cada vez mais procuramos essas distrações de forma consciente ou não, para fugirmos de nós mesmos.

O silêncio ao contrário do que muitos acreditam, não traz isolamento, desconexão, alienação e tédio, mas sim o encontro com sua essência, sua força interior, trazendo presença, consciência, conexão e serenidade. Como diz Jung: “Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.”

Praticamente todos que vivem em sociedade, na correria do dia a dia, não enxergam o outro, nem tampouco a si mesmos.

É no silêncio que voltamos a essência de nossa alma, recarregamos nossas forças, readquirimos fé em algo Superior, encontramos paz.

De acordo com a etimologia da palavra inglesa aloness, que significa – solidão e alone – sozinho, que foram originadas a partir de all one – todos um ou estar em unidade ou inteiramente em si, essa raiz reflete bem o que verdadeiramente significa estar só, é estar em estado de inteireza.

A solidão não é uma ausência de energia ou ação, mas um tesouro de provisões a nós transmitidos a partir de nosso altar sagrado interior.

A angústia, o medo e a doença advêm do distanciamento prolongado desse altar. Por isso, necessário se faz que voltemos para este lugar sagrado sempre que nosso coração pedir, assim a alegria, a energia criativa e a fé ressurgirão com intensidade nos trazendo acalento à alma ferida e cansada de dor, sofrimento, desacertos e (des)ilusões.

Quando estamos no nosso verdadeiro lar, um sopro de vida nos é acrescentado, construímos uma ponte, por meio da qual levamos o que aprendemos de um lado para o outro, entre o mundo da matéria e da essência, da razão e da emoção, do ego e do self, transformando a vida antiga em nova, novas escolhas, novos aprendizados, novas possibilidades. Os ensinamentos da alma são então levados ao mundo da matéria, criando uma nova realidade, como vem corroborar os fundamentos da física moderna.

Descobrimo-nos assim, repletos de cânticos, poesias, cores, luzes, possibilidades infinitas. Ao conectarmos com nossa natureza ela nos leva a acessarmos nossa essência primitiva e divina ao mesmo tempo. Somos ar, terra, água, fogo, éter e luz, tudo que está fora está dentro. Quando nossos antepassados viviam conectados e conscientes de seus ciclos e da natureza, tudo era mais simples, mais saudável, e tudo fazia mais sentido! Devemos voltar às nossas raízes profundas, à sabedoria que trazemos dentro de cada um de nós, para que o sentido maior volte a nos tocar.

 

(Myrella Brasil, terapeuta com pós-graduação em Psicologia Transpessoal, mestrado em Biologia Molecular, pesquisadora, escritora e palestrante internacional de assuntos como Saúde Integral, Física Quântica, Poder da Consciência, Ciência e Espiritualidade)

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