Opinião

Arritmia cardíaca em crianças

Redação

Publicado em 29 de abril de 2015 às 03:18 | Atualizado há 10 anos

Carolina Lemos Especial para Opiniãopública

A arritmia cardíaca pode ser considerada como uma alteração do ritmo elétrico do coração. Durante uma arritmia o coração pode bater lento demais, muito acelerado ou até mesmo ter alguns batimentos descompassados. A arritmia cardíaca pode apresentar-se de várias formas e em diferentes graus de complexidade, onde em alguns casos pode levar a morte súbita. Um coração humano estando em condições normais tem uma frequência que varia de 60 a 100 vezes por minuto, sendo que em crianças este número pode ser um pouco mais elevado.

Geralmente os problemas relacionados as arritmias cardíacas ou os distúrbios do ritmo cardíaco podem ser decorrentes de alterações no sistema de condução cardíaco ou até mesmo por lesões no próprio tecido cardíaco. As arritmias cardíacas podem ser classificadas como: bradiarritmias e taquiarritmias, onde respectivamente a frequência cardíaca poderá ser lenta ou rápida. Para que seja realizado uma avaliação do diagnóstico e tratamento das arritmias, deverá ser levado em consideração o ritmo basal e a frequência cardíaca normal da criança em diferentes idades, visto que o ritmo cardíaco varia de acordo com a faixa etária. Também será muito importante avaliar o grau de comprometimento que a arritmia poderá causar na saúde da criança.

No caso das arritmias o impulso elétrico acaba sendo formado em outras estruturas do coração, ao em vez de serem formadas no nó sinusial, e por distúrbios na condução do impulso elétrico através das câmaras cardíacas ( Reolão, 2007).

Em pesquisas no Departamento de Pediatria do Children’s Hospital e da Escola de Medicina da Universidade de Washington, foi estimado que a cada 250 crianças aparentemente saudáveis, uma delas apresente algum tipo de arritmia. No Brasil, esse número pode ser ainda maior, porém não há estudos sobre o tema no País.

Segundo Amaral et al. (2002) a arritmia em recém- nascidos, é importante abstrair a presença de um defeito estrutural congênito associado, que pode ser ou não responsável pela arritmia em recém-nascidos. A detecção de possíveis distúrbios do ritmo cardíaco podem ser detectados em exames rotineiros de neonatal, ou mais raramente em situações de emergência.

Os tratamentos para a arritmia cardíaca variam de acordo com o tipo da arritmia, e como ela poderá ou estará afetando o bom funcionamento do coração. Estes tratamentos podem ser desde a prescrição de drogas como amiodarona, adenosina, cardiversão elétrica, ou até mesmo a colocação de um marca passo.

 

(Carolina Lemos, aluna de graduação do curso de Biologia – Licenciatura, pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás)

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