Opinião

As águas de março vão fechando o verão

Redação DM

Publicado em 22 de março de 2018 às 21:48 | Atualizado há 7 anos

Vi­vam as mu­lhe­res que so­nham, so­frem, cho­ram e lu­tam! Vi­vam as mu­lhe­res que dão su­as vi­das por seus fi­lhos e por sua pá­tria!

São elas, as mu­lhe­res a gran­de mai­o­ria da po­pu­la­ção ca­paz de re­mo­ver pe­dras do ca­mi­nho co­mo di­zia Co­ra Co­ra­li­na. Ca­pa­zes de trans­for­mar pa­pel e ca­ne­ta em gran­des his­tó­ri­as, co­mo fez Con­su­e­lo Nas­ser. Ca­pa­zes de atra­ves­sar o mun­do co­mo fez e faz Ma­ri­el­le Fran­co an­tes e de­pois da mor­te. Ca­pa­zes dar au­las em lu­ga­res ini­ma­gi­ná­veis co­mo faz as lin­das pro­fes­so­ras, ca­pa­zes de amar tão bem co­mo fa­zem as aman­tes.

Es­ta­mos no fi­nal de mar­ço, mas elas, as­sim co­mo as di­ri­gen­tes da Cen­tral dos Tra­ba­lha­do­res e Tra­ba­lha­do­ras do Bra­sil, a CTB Go­i­ás, com to­da sua ener­gia, vão as ru­as, re­cla­mar da vi­o­lên­cia so­fri­da no co­ti­dia­no, re­cla­mar da fal­ta de se­gu­ran­ça pú­bli­ca, re­cla­mar das vá­ri­as vi­das cei­fa­das. Mas, tam­bém, vão as pra­ças lu­tar por li­ber­da­de e igual­da­de. Elas vão ao tra­ba­lho, dão tra­ba­lho! Vão aos jo­gos, quei­mam fo­gos! Elas vão aos bai­les e bai­lam as mi­lha­res.  Vão aon­de for ne­ces­sá­rio e se mos­tram! De­mons­tram que são ca­pa­zes.

O que elas que­rem? Elas que­rem sim­ples­men­te vi­ver e ser fe­li­zes. Po­dem e de­vem ser atri­zes. Nes­te con­tex­to de pa­ís tão ad­ver­so, as mu­lhe­res não são, só côn­ca­vo e con­ve­xo. As mu­lhe­res que­rem e po­dem se apro­pri­ar dos es­pa­ços de po­der. O que não po­dem é mor­rer. E ago­ra, fa­lo não so­men­te da mor­te pre­ma­tu­ra co­mo mor­reu Ma­ri­el­le. Di­go da mor­te da amor­da­ça, que mui­tos que se di­zem ser da lei, in­fe­liz­men­te, na vi­da pú­bli­ca ou pri­va­da, fa­zem das mu­lhe­res ob­je­tos e de­je­tos. Den­tro do lar, coi­sa que de­ve­ria ser o pa­ra­í­so, ig­no­ram quem é for­te, ao meu ju­í­zo. Den­tro do lo­cal de tra­ba­lho,  àque­las que mais pro­du­zem, pe­na­li­zam, es­cra­vi­zam.

Mas, é pos­sí­vel mu­dar tu­do is­so! Pre­ci­sa­mos fa­lar, gri­tar, es­cre­ver, par­ti­ci­par, e quem sa­be, trans­for­mar. Cha­ma­mos a to­dos e to­das que que­rem cons­tru­ir ou­tra so­ci­e­da­de me­nos de­si­gual a es­ta­rem co­nos­co no mun­do da lu­ta, se­ja na fa­mí­lia, no sin­di­ca­to, na igre­ja, na es­co­la, ou no par­ti­do. É fun­da­men­tal lu­tar.

Ho­je, a Cen­tral dos Tra­ba­lha­do­res e Tra­ba­lha­do­ras do Bra­sil a CTB Go­i­ás es­ta­rá, mais uma vez con­ce­den­do o Tí­tu­lo Con­su­e­lo Nas­ser as mu­lhe­res e ho­mens  que, já tem uma boa his­tó­ria em de­fe­sa do Bra­sil.

Va­mos ce­le­brar as águas de mar­ço. Va­mos  ho­je, de­zoi­to ho­ras, no au­di­tó­rio da Ca­sa da In­dús­tria, Ave­ni­da Ara­gu­aia, Cen­tro.

 

(Ail­ma Ma­ria de Oli­vei­ra, pro­fes­so­ra, pre­si­den­ta da Cen­tral dos Tra­ba­lha­do­res e Tra­ba­lha­do­ras do Bra­sil – CTB Goiás – in­for­ma­ções: (62) 98403-8109)

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