Opinião

As aparências enganam

Redação DM

Publicado em 28 de novembro de 2015 às 22:27 | Atualizado há 5 meses

Vi, algumas vezes em noticiários televisivos, o senador Delcídio do Amaral, (PT-MS),  líder do governo Dilma no senado, negar ter recebido propina pela compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Uma vez ele disse com muita serenidade: “É lamentável a citação do meu nome”. Nesse dia, ousei dizer na sala de TV que acreditava na inocência do senador. Foi um deus nos acuda. O vovô, que também assistia ao telejornal, só não me colocou de castigo ajoelhado no milho. Gritava: “No frigir dos ovos você vai se arrepender de  ter dito tamanha besteira”. O tempo foi passando, ninguém mais falava no envolvimento do líder da presidente Dilma e, quando eu buscava coragem para dizer ao patriarca que eu estava certo, a casa caiu. Aquele  homem por quem eu colocava a mão no fogo  foi parar no xilindró. As aparências enganam. Enganei-me com o Eduardo e com o Delcídio também. Falou  mais alto a experiência do nonagenário. Todo cuidado é pouco. Quando o vovô souber dessa prisão não sei o que será de mim. Ah, vou deixar aqui uma pergunta: será que a volta da CPMF é para cobrir gastos do tipo “mesada para a família do Cerveró?” Enquanto o povo geme,  eles gargalham. Tudo vai mudar no dia em que todos nós entendermos o valor que tem o voto.

(Jeovah Ferreira, via e-mail)


Fuga de Nestor Cerveró

Benone Augusto de Paiva

Quem diria! Ninguém menos que um senador, Delcídio Amaral, (PT-MS) líder do governo no Senado foi preso em flagrante pelo Supremo Tribunal Federal por estar planejando a fuga de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobrás e preso pelo programa “Lava Jato” responsável por grandes golpes na economia da estatal petrolífera brasileira. A fuga seria por etapas, primeiro: Brasil ao Paraguai e em seguida iria do Paraguai para Madri, na Espanha, sendo transportado por um jato Falcon 50 com capacidade para até 9 passageiros numa operação que custaria R$4 milhões e seria financiada pelo banqueiro André Esteves do BTG Pactual, que também foi preso. Tudo isso estava sendo esquematizado com a finalidade de evitar que o ex-diretor da Petrobrás, preso, fizesse a ‘denúncia premiada’ ao programa Lava Jato, administrado pelo juiz Sérgio Moro e que certamente envolveria nomes importantes do PT, partido do governo, inclusive ao próprio senador Delcídio Amaral, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

(Benone Augusto de Paiva, via e-mail)


Corrupção, câncer a ser extirpado

Izabel Avallone

O juiz federal Sérgio Moro,  que conduz as ações da Operação Lava Jato em primeira instância, durante a  palestra do IX Fórum da Associação Nacional dos Editores de Revistas na capital paulista, afirmou nesta segunda-feira, 23, que a Operação Lava jato sozinha não vai livrar o País da corrupção. E é verdade, para extirparmos esse câncer, chamado corrupção seria necessário um   Congresso forte,  instituições não contaminadas e  poderes sérios. Mas nada disso temos hoje. Não há  um só lugar neste país que não se tenha um foco de corrupção.  Os partidos de oposição se calam, a população parece surda, o Congresso se omite, pois grande parte dele está na Lava Jato e o Judiciário tenta desqualificar o trabalho do MPF. Assim fica difícil. De fato a Lava Jato sozinha é uma voz pregando no deserto como disse Moro. Meritíssimo Juiz Sérgio Moro, apesar de sua sensação de estar só, saiba que milhões de brasileiros que acompanham o seu trabalho querem justiça. Infelizmente a nossa arma ainda é o voto, muito pouco para combater esse câncer que dilacera o Brasil. Nossa esperança é a sua caneta e o apoio do Judiciário ao seu trabalho, pois o Brasil está do seu lado.

(Izabel Avallone, via e-mail)

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