Bosques Cajueiros I, II, III e IV
Diário da Manhã
Publicado em 13 de novembro de 2015 às 22:08 | Atualizado há 9 anosProjeto Bosque Cajueiro I, que nasceu em 2003, da alma sensível do lavrador ambientalista e ativista, que redime o seu passado e pede perdão a mãe Natureza, à beira chão do rio Meia Ponte. Na área de aproximadamente 2000 metros, no passado constituída de vegetais, desmatada e explorada e, depois, abandonada, virando depósito de entulhos, animais mortos e carcaças de gado, de encontro de consumidores de drogas, de desmanche de motos e até de prática de feitiçarias, foi revitalizada com a ajuda de voluntários, munidos de picaretas e enxadas, tirando dela toneladas de lixos variados. Eu e os voluntários enfrentamos ali o sol quente, o período chuvoso, o mato crescente, mais que as mudas plantadas, adquiridas com dinheiro de bingos. Muitas mudas de baurus, cedros, magnos, jacas, saboneteiras, angicos, paus-brasil, jabuticaba, nó de porco, e principalmente as frutíferas pitangas, mangueiras, cajueiros, já produzindo frutos aos pássaros, às capivaras e aos seres humanos que sentem já os sabores gostosos deles. Bosques II e III – na lateral da Br. -153 margeando rio Meia Ponte, com área de aproximadamente 1000 metros, área esquecida desde a implementação da Br. – 153 também abandonada e sem projetos sociais, ainda dentro da cidade e sempre constituída de matagal alto, sendo esconderijo de ladrões, consumidores de drogas e de mendigos andantes, é incrível vê-la abandonada pelos políticos, porque é área que oferece criatividade para alguns projetos, todos de proveito social. No entanto, a limpeza ali era feita raramente. Agora, a área plantada pode ser um dos cartões postais de Goiânia, como já estão sendo vistas as 185 pequeninas árvores de cajus crescendo e eu sempre ali nos finais de semana trabalhando com enxada e, quando visto, talvez até criticado ou elogiado por condutores veiculares e por centena de pedestres que passam ali todos os dias. Os frutos da natureza são gostosos e é muito prazeroso e gratificante, mesmo no anonimato, saber que estamos colocando nossa Goiânia, nossa querida cidade, na pauta das cidades mais bem arborizadas com nosso trabalho, sendo considerada a segunda melhor metrópole arborizada do planeta Terra, bem ter certeza de que o Bairro Feliz e os da adjacências têm mais árvores por metro quadrado em Goiânia, mudas retiradas do nosso viveiro e distribui-las aos milhares, as plantando na praça das Crianças, Praça da Bíblia, Bosque Araguaia com a Independência, na realização do projeto + árvores – calor + vida. A participação desse projeto é simples: cada pessoa, onde estiver neste planeta plantando uma muda de árvore ainda é tempo de salvar a Terra. Quem não sabem que as árvores preservam o solo, os lençóis freáticos, as nascentes, os rios, a fauna e a flora? A boa arborização no campo ou na cidade valoriza a terra e o imóvel urbano. As árvores ainda atuam na redução dos poluentes, na temperatura ambiental, nos bons entretenimentos familiares pelos aconchegantes bosques com variadas árvores frutíferas alimentadoras de pássaros, animais, silvestres e os homens e ainda dão saúde mental às crianças e aos adultos.
(João Caetano de Almeida, lavrador, ambientalista, ativista, incentivador das mangueiras nas praças. Criador do projeto de plantios de verduras e legumes em lotes baldios contra a fome e dos Bosques Cajueiros I “queimados por vândalos”, II e III e IV na BR–153, Rio Meia Ponte)