Colocar a culpa na crise não é suficiente
Redação DM
Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 00:35 | Atualizado há 7 anos
Muito pouco foi feito até agora em Goiânia, após um ano da administração do prefeito Iris Rezende; A imprensa mostra que muito pouco foi feito até agora e que problemas que ocorriam no início do ano passado continuam da mesma forma até hoje. Um ano depois do início da nova administração e a sensação é a de que o tempo não passou.
Cito aqui uma alegoria para demonstrar a situação de Iris e da prefeitura. Refiro-me ao caso de um homem que era até um bom motorista, porém acostumado a dirigir carros mais antigos. Apegado à tradição, o homem preferia modelos com direção mecânica e câmbio manual. No entanto, acabaram por colocar em suas mãos um veículo muito mais moderno, com direção elétrica, câmbio automático, computador de bordo, central multimídia e outras funções. Iris, no caso, é o motorista frustrado e Goiânia é o carro moderno.
Por falta de conhecimento com as novidades e por insistir em se adaptar à nova máquina, o teimoso motorista tentou dirigi-la sozinho. Acabou não conseguindo. E o veículo segue parado. As poucas tentativas foram frustradas. E, pior ainda, as tentativas de entender a novidade o confundiram. Agora, não consegue nem dirigir direito o carro básico. Ele não é o mesmo de antigamente.
Essa estória serve de alegoria para a situação que Goiânia vive atualmente. O prefeito não tem conseguido conduzir a cidade. A máquina está além da sua capacidade. Não é só opinião minha. É a sensação que o goianiense tem”.
Vários veículos de imprensa têm demonstrado a situação de problemas recorrentes como buracos, falta de médicos e de vagas na Educação Infantil e obras paradas (inclusive do BRT). Isso sem contar a falta de diálogo com a sociedade e de articulação política. Para se ter ideia, um ano se passou e o prefeito ainda não tem líder na Câmara Municipal, onde tem sofrido seguidas derrotas.
Reconheço que ocorreram alguns avanços pontuais, mas muito tênues para as necessidades de uma metrópole como Goiânia. O ritmo de resultados prometido na campanha eleitoral de 2016 deveria ser alucinante. Porém, as coisas estão em câmera lenta. Devagar, quase parando.
Há um ano, alertei que o prefeito encontraria dificuldades para gerir uma cidade moderna e com necessidades novas às quais ele não conseguiria dar resposta em tempo hábil.
Hoje, tal risco se confirma e, pior ainda, o prefeito sequer tem sucesso em fazer o básico. Incapaz diante da Goiânia moderna, sequer a Goiânia do passado tem sido bem tratada. Veículo moderno parado e o básico malconduzido”.
Colocar a culpa na crise e na administração passada não é suficiente para que os problemas se resolvam sozinhos. É preciso força de vontade e ação. Como goianiense, torço para que a história mude. Mas, a continuar no ritmo atual, infelizmente aquele carro moderno ao qual me referi no início vai continuar como está: parado”.
(Thiago Peixoto, deputado federal pelo PSD)